O BioMark está a desenvolver biossensores que vão permitir um diagnóstico precoce da doença de Alzheimer. O grupo de I&D do ISEP integra o 2IQBioneuro, um projeto de um consórcio galego-português que, até 2022, vai desenvolver novas soluções de diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas associadas ao envelhecimento.

Este método vai permitir detetar a doença numa fase inicial e, assim, melhorar a qualidade de vida do doente: "A análise dos biomarcadores permite um diagnóstico precoce e, deste modo, o doente é submetido mais cedo a medicação e a terapias que podem retardar a doença", refere Felismina Moreira, investigadora e coordenadora do projeto no Biomark. 

Este método é menos invasivo e de baixo custo e poderá ser utilizado pelos profissionais em hospitais e centros de saúde para detetar a doença, de uma forma simples e rápida.

Esta investigação conta também com a participação de José Puga e Judite Ferreira, docentes do Departamento de Engenharia Eletrotécnica do ISEP, para o desenvolvimento de um dispositivo conector de múltipla leitura que faz a interface entre o biossensor e o dispositivo de leitura de sinal. Deste modo, com um único biossensor será possível detetar, ao mesmo tempo, três biomarcadores associados à doença de Alzheimer.

O BioMark já tem resultados de anteriores investigações de biossensores e, ao longo do projeto, vai interagir e partilhar experiências com outras unidades de I&D.

O 2IQBioneuro, lançado em 2019, é financiado no âmbito do Programa INTERREG 2014-2020. É liderado pela Universidade de Santiago de Compostela e envolve o ISEP, a Universidade de Vigo, Universidad de Valladolid, Fundación Centro de Cirugía de Mínima Invasión Jesús Usón, Qubiotech Health Intelligence SL, Lincbiotech, SL, Universidade do Minho, Universidade de Coimbra e Fundación Instituto de Investigación Sanitaria de Santiago de Compostela.