Investigação

Extração de componentes valiosos através de microalgas
14-04-2020

O Departamento de Engenharia Química (DEQ) do ISEP está envolvido num projeto de produção e extração de componentes de microalgas.

As microalgas possuem um elevado potencial biológico, ecológico e económico. São utilizadas, maioritariamente, para produção de biocombustíveis (como biodiesel e bioetanol), produtos farmacêuticos e alimentares e para a mitigação de C02.

EXTRATOTECA – Extratos de microalgas com elevado valor acrescentado, iniciado em maio de 2019, destina-se à construção de uma “biblioteca de extratos” de microalgas e cianobactérias relevantes à escala mundial. O grande objetivo é o de estudar a possibilidade de extração de um conjunto de compostos, desde anti-tumorais, antioxidantes, ácidos ómega 3 e 6, pigmentos, proteínas (suplemento alimentar), a matéria-prima para a produção de biomassa (biocombustíveis).

Para tal, foi implementada uma unidade piloto para cultivo no exterior. Estas culturas de microalgas serão produzidas no seu estado natural e sob condições de stress controlado, sendo ainda possível avaliar a influência da luz natural e da temperatura ambientes na acumulação de alguns dos compostos de interesse já descritos. Esta biomassa será processada pela equipa de investigadores do DEQ/CIETI e do LEPABE/FEUP e o objetivo será a substituição de alguns compostos químicos sintéticos, com aplicações no setor agroalimentar, farmacêutico, cosmético entre outros, por componentes naturais e mais benéficos.

O cultivo das microalgas encontra-se em constante monitorização pela equipa de investigadores e estudantes do DEQ. São avaliados o ritmo de crescimento das culturas e os componentes que se acumulam, bem como os parâmetros ambientais. Numa segunda fase, após a colheita, serão desenvolvidos os procedimentos específicos para a extração e aplicação dos compostos de interesse.  

Este projeto é coordenado pela empresa A4F – Algae for Future e conta com o ISEP, a Universidade Católica, a Universidade de Aveiro, a Universidade do Minho e o CIIMAR como copromotores e com a colaboração de investigadores do LEPABE/FEUP.