O recém-criado Mestrado em Práticas do Desenvolvimento (MPD), que representa uma oferta formativa pioneira em Portugal, está integrado numa conceituada rede internacional de mestrados – Global Association of Master’s in Development Practice (Global MDP Association). Este curso, a ser lecionado no ISEP e em todas as unidades orgânicas do Politécnico do Porto (P. Porto), é o único representante a nível nacional nesta associação.
A Global MPD Association é conduzida pelo Instituto da Terra, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos da América. O objetivo desta rede é fomentar a formação de profissionais habilitados a identificar os desafios e encontrar soluções, que contribuam para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a agenda global até 2030.
“São cada vez mais as vozes mundiais que clamam por soluções conjuntas para tornar uma realidade as metas da ODS. É, também, mundialmente aceite que a solução para estes problemas passa, obrigatoriamente, pela educação, através da formação de jovens conscientes, com uma visão integrada e global dos problemas mundiais. Este Mestrado vem responder a esta necessidade sentida, cada vez mais, por empresas, organizações e organismos públicos em todo o mundo”, afirma o Vice-presidente do ISEP, José Carlos Quadrado.
Ao integrar a Global MDP Association, este Mestrado não só é o único curso lecionado em Portugal a figurar na lista, como também um dos poucos a nível europeu, a par das seguintes instituições: Paris School of International Affairs, França; Lund University, Suécia; Trinity College Dublin & University College Dublin, Irlanda; Swiss Federal Institute of Technology, Zurich, Suiça; Hebrew University of Jerusalem & Jerusalem Institute’s Milken Innovation Center, Israel. Para além disso, a rede integra outras instituições internacionais de referência, as quais são provenientes da América do Norte (9), América Latina (3), África (3), Ásia do Sul, Central e Oceânia (8) e Ásia Leste (3).
“Fazer parte desta associação é extremamente importante para nós, pois permite-nos aferir a recetividade e sucesso que estes cursos têm tido noutros países”, explica a docente do ISEP, Eduarda Pinto Ferreira, ao acrescentar ainda que na Suécia, por exemplo, verificaram-se mais de 1260 candidatos. Deste modo, é possível refletir sobre a procura internacional nesta área, sobretudo porque o MPD vai ser lecionado única e exclusivamente em inglês, destinando-se a um público-alvo universal e não só à comunidade portuguesa.
O programa curricular do MPD prevê uma componente letiva de um ano, seguindo-se um período de estágio internacional, que contempla diversas opções, tais como a África Subsariana, América do Sul ou o Sudeste Asiático. A ideia é que os mestrandos contribuam para o debate e resolução de problemas de foro sustentável nos locais onde realizem a sua experiência curricular. Depois, deverão desenvolver uma tese sobre os trabalhos realizados, bem como a explicação do potencial projeto de resolução a aplicar nesse âmbito.
Além da Global MDP Association, o curso beneficia doutras parcerias internacionais, que poderão contribuir para o enriquecimento curricular, profissional e pessoal dos formandos. No total são mais de 20 as parcerias do MPD, incluindo países como a Argentina, Brasil, México, Espanha, Índia, Cazaquistão, Coreia do Sul, Roménia, China, Rússia, entre outros.
Recorde-se que o MPD já foi distinguido internacionalmente (na Colômbia), ainda não tinha sido sequer aprovada oficialmente a criação do curso, e foi desenhado a pensar em profissionais de desenvolvimento generalistas, profissionais de desenvolvimento especializados, administradores de políticas públicas, profissionais do setor privado e educadores. O número de vagas disponíveis para esta oferta formativa, com início previsto para breve, é de 30. Podem candidatar-se licenciados nas mais diversas áreas de formação, desde as ciências sociais e humanas, à engenharia, ciências empresariais, turismo e educação.