O Grupo de Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão (GECAD) vai liderar um projeto internacional, que pretende contribuir para um sistema de energia mais sustentável e eficiente. O DREAM-GO incide na utilização intensiva de energias renováveis e participação ativa dos consumidores (“demand/response”) e é financiado em mais de dois milhões de euros pelo Programa Europeu Horizonte 2020.
O DREAM-GO é um projeto de grande relevância para Portugal, que permitirá aumentar a eficiência dos sistemas de energia e aumentar a competitividade nacional. O projeto é liderado pelo Politécnico do Porto, através do grupo de investigação do ISEP, e inclui como parceiros a Universidade de Duisburg-Essen (Alemanha), Universidade de Salamanca (Espanha) e a Clemson University (EUA), além das empresas ISA – Intelligent Sensing Anywhere (Portugal), Nebusens (Espanha) e Discovergy (Alemanha).
A liderança portuguesa deste projeto «permitirá a Portugal afirmar e consolidar a sua presença e reconhecimento internacional na área das “smart grids” [redes inteligentes], bem como abrir novas perspetivas de mercados e soluções para as empresas participantes», assegura a coordenadora do projeto e diretora do GECAD, Zita Vale.
A investigadora realça ainda o facto «desta parceria estabelecida com instituições europeias e norte-americanas permitir não só atingir os objetivos do projeto mas também potenciar cooperações adicionais, contribuindo de forma muito significativa para a internacionalização do nosso país nesta área».
A produção inteligente de energia, o recurso a fontes renováveis e a eficiência elétrica contribuem para aumentar a sustentabilidade em linha com diversas agendas políticas. Neste sentido, o DREAM-GO promove a conceção e desenvolvimento de novos modelos de negócio, integrando a participação ativa dos consumidores, com base em simulações em tempo real, como recurso essencial para assegurar a flexibilidade necessária do lado da procura e viabilizar a disponibilidade de energia elétrica com qualidade adequada e a custos razoáveis.
O modelo poderá acrescer à visão europeia uma perspetiva inovadora de utilização integrada e eficiente da flexibilidade dos consumidores, graças ao trabalho que vai ser desenvolvido pela equipa de peritos académicos e parceiros empresariais.
A reunião de lançamento do projeto decorreu no ISEP, entre 9-11 de fevereiro de 2015.
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