Investigação

GECAD E CIDEM participam em projetos na área da sustentabilidade e Indústria 4.0
20-07-2021

O GECAD e o CIDEM, grupos de investigação dos Departamentos de Engenharia Eletrotécnica e de Engenharia Mecânica do ISEP, formam parceria em dois projetos de I&D com o CDRSP (centro de investigação do Politécnico de Leiria) e quatro empresas nacionais, no âmbito de materiais e processos de fabrico avançados.

Os projetos abordam o estudo e o desenvolvimento de novos materiais e técnicas de fabrico, aliado a sistemas de automação e de controlo inteligentes, enquadrando-se no domínio da Indústria 4.0 e da sustentabilidade. 

O ADD.CompFiber, liderado por João Francisco Silva (CIDEM), Púria Esfandiari (CIDEM) e Ana Almeida (GECAD), tem como objetivo a produção e incorporação de termoplásticos em materiais compósitos. 

A equipa está a trabalhar com uma empresa que se dedica ao fabrico de carrinhas transformadas. Atualmente, a estrutura destes veículos é feita de material compósito, com fibras e plástico, não reciclável. «A inovação deste projeto prende-se com o fabrico de peças de grande dimensão, utilizando materiais passíveis de serem totalmente reciclados. Nesta primeira fase, o material será aplicado nestes veículos, mas não há limites para esta tecnologia, podendo, inclusive, ser aplicada em carroçaria de automóveis ou camiões», explica o investigador Púria Esfandiari.

Já o projeto Metal.BOT, que envolve os docentes António Gonçalves Magalhães (CIDEM), Arnaldo Guedes Pinto (CIDEM) e Lino Figueiredo (GECAD), vai desenvolver soluções para fabrico aditivo de metais (impressão em 3D).

«Embora a impressão 3D seja, normalmente, associada a materiais poliméricos, este projeto vai permitir utilizar uma filosofia idêntica mas aplicada ao fabrico e à impressão 3D de peças metálicas de grandes dimensões, por processos mais expeditos comparativamente com os existentes», refere António Gonçalves Magalhães. Para além disso, vai gerar peças «com bastante liberdade geométrica» e vai permitir às empresas aumentar as cadeias de produção, reduzindo o tempo e os custos de produção.

«Esta investigação poderá estar na origem de novos mercados com conceitos inovadores de fabrico de peças. Acaba por ser um complemento às tecnologias existentes, idealizando uma maior autonomia em todo o processo». 

Os projetos decorrem até agosto de 2023 e integram entidades internacionais.