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Estufacec: estudantes de LES apresentam ideia de negócio inovadora
22-10-2020


 

Estufacec é o nome do projeto vencedor do desafio da unidade curricular de Laboratório de Sistemas II (LSIS II), no 1º semestre de 2019/2020.

Nesta disciplina, coordenada pela docente Susana Nicola e com a colaboração do docente Alberto Pereira, foi pedido aos estudantes que criassem uma ideia de negócio inovadora, com a ajuda de grandes empresas, e a implementassem através de uma solução que incluísse um dos tipos de tecnologias utilizadas nestas empresas parceiras. 

Rafael Rangel, Jossine Silva, Miguel Sousa, André Neves, Rui Mendes e Inês Araújo, estudantes da Licenciatura em Engenharia de Sistemas, constituem a equipa vencedora, que teve a oportunidade de trabalhar com a Efacec, a Do It Lean e a Outsystems.

Numa primeira fase, o grupo de trabalho procurou pensar em algo que já existisse, mas que pudesse ser melhorado de forma inovadora. Assim, surgiu a ideia de transformar um jogo on-line com ampla popularidade em algo útil que pudesse ser aplicado na vida real. Isto permitiria aos utilizadores realizar uma tarefa do dia-a-dia, de forma mais divertida e interessante, como se tratasse de um jogo.

Neste caso, foi utilizado como base um jogo de agricultura, dentro do estilo do Farmville. Tendo em conta que comprar alimentos, nomeadamente frutas e vegetais, é uma necessidade da população, o objetivo foi aliar estes dois aspetos – um jogo digital e uma tarefa do dia-a-dia – numa aplicação (app) baseada na linguagem de programação low-code da Outsystems.

Rui Mendes, um dos membros da equipa, explica como funciona, na prática, a app: “O utilizador pode arrendar um espaço numa estufa ou numa horta nas nossas hipotéticas instalações, usufruindo das mesmas opções que existem nos jogos de agricultura. Assim, é possível escolher o que plantar e o que colher, assim como assistir a todo o processo de produção dos seus alimentos, pois a app prevê uma opção para visualizar em tempo real todas as ações referentes ao espaço de cada utilizador. Assim, além da vertente lúdica do jogo de plantação de alimentos, quando as pessoas optam por colher os produtos, estes são realmente entregues no seu domicílio.” 

A implementação desta ferramenta traz inúmeras vantagens, destacando-se o facto de não ser necessário uma deslocação a um estabelecimento para comprar frutas e vegetais, o que acrescenta maior qualidade à rotina diária das pessoas. Por outro lado, o utilizador tem a possibilidade de escolher como os seus alimentos são cultivados, tendo acesso a todo o processo de produção, o que permite ter total confiança nos alimentos que vão ser consumidos – ao contrário do que acontece quando alguém vai a um supermercado, onde é impossível perceber o tipo de substâncias e químicos utilizados no cultivo dos produtos.

Os seis estudantes fazem um balanço muito positivo desta experiência, assim como do seu percurso na Licenciatura em Engenharia de Sistemas. “Aplicámos imensos conhecimentos, na área da informática, nomeadamente conhecimentos de programação; na área da gestão, desde a gestão de projeto, estudos de mercado, análise de investimentos, entre outros; e ainda alguns conhecimentos de eletrotécnica, que foram aplicados na realização de uma maquete da ideia de negócio. Se há algo que a nossa licenciatura nos ensinou foi o “saber-aprender”, pois, inicialmente, não tínhamos conhecimento de tudo o que era necessário para este projeto, mas acabámos por aprender no decurso do nosso trabalho. 

Por fim, todos concordam que a vertente mais pratica desta unidade curricular foi muito útil e conferiu a preparação necessária para enfrentar as exigências do mercado de trabalho. “Este desafio permitiu-nos aplicar, de forma prática, todos os conhecimentos que fomos adquirindo ao longo da licenciatura, tendo sido fundamental para nos sentirmos melhor preparados, mesmo antes de termos um cargo profissional.”