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Crescer profissionalmente na cidade berço da Revolução Industrial
23-03-2018

Fernando Brandão, licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pelo ISEP, está a trabalhar em Manchester, na Thales Group. Envolvido em diversos projetos de relevo, o jovem, de 26 anos, aproveita para desfrutar do ambiente multicultural da metrópole britânica, enquanto está focado na sua progressão profissional.

Manchester é uma das mais importantes cidades britânicas, chegando mesmo a ‘rivalizar’ com Londres no que concerne a ofertas culturais e oportunidades de trabalho. Trata-se de uma metrópole que respira multiculturalidade em toda a sua essência. Conhecida pelo seu ‘peso’ no mundo do futebol, com o mítico estádio de Old Trafford (casa dum dos mais célebres clubes da Premier League – Manchester United), mas também por ser o ‘berço’ da Revolução Industrial, no século XVIII. Em todo o lado é possível absorver ainda o legado musical incontornável da cidade: dos ‘pubs’ locais para o mundo surgiram bandas como The Smiths, Joy Division, New Order, Simple Red, ou Stone Roses, entre outras. Desde 2015, este é também o novo ‘porto de abrigo’ de Fernando Brandão.

Natural de Paços de Ferreira, o jovem assume funções como engenheiro de software na Thales Group, multinacional francesa que está presente em mais de 50 países e opera nas áreas dos sistemas de informação, indústrias aeroespacial, de defesa e segurança. “O meu primeiro projeto cá foi um software utilizado pelos centros de controlo da rede ferroviária que ajuda na monitorização de equipamentos instalados nas linhas de comboio. Para além do projeto inicial, já fiz parte de um projeto para o metro de Londres [London Underground] e atualmente integro uma equipa que está a desenvolver uma ferramenta usada a nível internacional [Dubai, Suíça e França]”, salienta. No entanto, esta não é a primeira experiência laboral do antigo estudante do ISEP. Antes de rumar a ‘Terras de Sua Majestade’, esteve a trabalhar noutra empresa de renome, a IKEA, nem mais nem menos. Porém, a vontade de singrar e crescer pessoal e profissionalmente levaram-no a arriscar e ir um pouco mais longe.

Apesar de estar mais ligado ao mundo dos softwares, Fernando considera que a sua formação no curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores foi fulcral para o desenvolvimento de inúmeras competências. “Recebi as bases de programação, redes e conhecimento geral de eletrónica que foram fundamentais para o meu crescimento profissional. Perceber como sistemas sensoriais são desenhados, como é que comunicam e que tipo de informação fornecem é essencial em projetos como aqueles em que estive envolvido até ao momento”, comenta. A par disso, recorda com carinho os momentos passados no bar e na sala de computadores do edifício F, bem como todos os bons amigos que fez durante o curso: “Foi com eles que passei a maior parte do meu tempo de aprendizagem, de estudo e de boémia. Acho que ter um grupo em quem podemos confiar e sobretudo que nos apoia ao longo dos anos é, sem dúvida, uma mais-valia.”

Como todos os jovens, mostra ambição e um desejo insondável em apreender novas experiências, em latitudes diferentes, experiências que marquem, por isso mesmo, a própria vida. Inicialmente, a adaptação não foi fácil, pelo que uma das principais adversidades se prendeu com a língua. “Estamos habituados ao inglês americano e quando chegamos ao norte de Inglaterra a realidade é outra. Para além disso, outra dificuldade é o facto de em 90 por cento dos dias estar nublado, ou a chover”, aponta. Aproveitando a ocasião sugere a toda a comunidade ISEP que, no caso de terem a oportunidade de visitar Manchester, não poderem “deixar escapar o mítico Old Trafford, o Museu da Ciência e Tecnologia, a Catedral, a Biblioteca John Rylands e o famoso Northern Quarter”.

No final, não podia faltar uma mensagem para aqueles que ainda estão por cá a estudar: “Usufruam bem do vosso percurso no ISEP, pois no futuro irão ter saudades e façam por adquirir o máximo de conhecimentos possíveis. Isto porque, estamos perante um mercado de trabalho com mais ofertas, mas ao mesmo tempo mais exigente.”