O CISTER (Centro de Investigação em Sistemas Computacionais Embebidos e de Tempo-Real) está a trabalhar, desde maio passado, num novo projeto europeu chamado SCOTT. O objetivo passa por contribuir para uma conectividade mais segura e eficiente nas redes de sensores sem fios e incrementar, por conseguinte, os níveis de confiança da sociedade face a estas ligações.
Com o SCOTT pretende-se, a grosso modo, ampliar o potencial da Internet das Coisas (IoT) para sensores inteligentes de sensores sem fios nas áreas de mobilidade, construção, infraestruturas domésticas inteligentes e na saúde. O projeto vai focar-se também na produção e automação industrial. Deste modo, a ideia é não só lidar com ‘coisas’ que estão ligadas, mas também confiáveis e que comunicam de forma segura.
Ao perspetivar uma conectividade mais eficiente e confiável, bem como a facilitação da ubiquidade de sistemas inteligentes integrados, o SCOTT contribuirá ainda para a resolução de alguns problemas prementes nos setores dos veículos automatizados, aeronáutica e indústria. Para além disso, perspetiva-se uma visão global de interligação de sensores sem fios, incluindo a exploração das redes 5G e Cloud computing (computação da nuvem), sendo que o sistema terá mais de 20 demonstradores em toda a Europa.
Por acréscimo, o projeto aborda, assim, alguns dos principais desafios que surgem atualmente nos países europeus, nomeadamente a crescente necessidade de transportes inteligentes, verdes e integrados; sociedades seguras e inclusivas; e a saúde e bem-estar geral.
O CISTER é um dos membros principais do SCOTT ao desempenhar uma série de funções e tarefas fundamentais como, por exemplo: desenvolvimento da arquitetura de referência para as diretrizes de infraestrutura; coliderança (juntamente com a Embraer) dos trabalhos em aeronáutica e participação no Conselho Estratégico do projeto.
Com um orçamento global de 39,7 milhões de euros, a investigação decorre até abril de 2020 e envolve, para além do CISTER, várias outras instituições e grupos de I&D de renome, bem como líderes industriais europeus como a Nokia, Siemens, Bosch, Indra, NXP, Embraer, AVL, Phillips, ACCIONA, ou GMVSkysoft, entre outras.