Investigação

Estudante cria software para melhorar a produção industrial em tempo real
19-04-2016

Daniel Pinto desenvolveu um “Software de Controlo de Produção Industrial”, no decurso da unidade curricular de Projeto/Estágio do 3.º ano da Licenciatura em Engenharia Informática, obtendo com distinção a classificação final de 20 valores. Apesar de a nível académico o trabalho ter findado em outubro de 2015, há uma clara aposta na sua continuidade e permanente melhoria, perspetivando-se brevemente a realização de testes em ambientes industriais reais.

O projeto representou uma tentativa de concretizar uma ideia própria, do então estudante do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), no âmbito das tecnologias emergentes. O mote surgiu da necessidade das empresas melhorarem os seus índices de produtividade, principalmente em setores onde o fator humano é ainda preponderante na realização de tarefas.

“Este trabalho baseou-se no desenvolvimento de uma aplicação em ambiente Web para controlo e gestão de uma unidade produtiva, assim como uma aplicação móvel, tendo em vista a recolha diária de dados nas áreas de fabrico. Desta forma, a solução apresentada exclui a carência de uma infraestrutura informática complexa nas instalações do cliente, bastando apenas um computador com acesso à Internet e um simples Tablet”, explica Daniel Pinto.

O projeto diferencia-se, assim, por “adotar uma abordagem moderna, de baixo custo, tanto a nível de licenciamento como de investimento, e que consiga fornecer dados em tempo real do estado das operações em curso”. Além disso, o desenvolvimento desta plataforma integrada teve em conta a sua “utilização em qualquer tipo de ambiente, pensando que os meios industriais tendem a ser um pouco hostis para equipamentos eletrónicos”.

Atualmente, estão a ser movidos esforços no sentido de tornar esta ideia comercialmente viável, seja pela integração numa empresa industrial, ou pela comercialização a retalho através de um modelo de subscrição. Para já, ainda não existe nenhum cenário previamente definido, pelo que está tudo em aberto. No entanto, já foram “estabelecidos contatos com vista a analisar a disponibilidade de algumas empresas em aceitar o desafio de testar o sistema, com o compromisso de gerarem feedbacks regulares sobre o seu funcionamento”. De facto, tudo aponta para que os primeiros testes arranquem ainda este verão. Contudo, quanto à comercialização do sistema terá que ser desenvolvido um estudo de mercado.