Miguel Rodrigues é engenheiro civil na Jan De Nul Group, uma empresa de construção e manutenção de infraestruturas marítimas, na Bélgica. Completou os estudos no ISEP em 2011 e, se fosse hoje, não tinha dúvidas que escolheria a mesma área de formação. Está fora de Portugal há mais de sete anos, uma experiência motivada pelo desejo de enriquecimento pessoal e profissional. Se pudesse escolher o que fazer... investia em programas de investigação e desenvolvimento de produtos amigos do ambiente, nomeadamente para redução do uso do plástico.

- Porque escolheu o ISEP para estudar? 
Pela reputação da academia, por ser uma escola de referência na área de Engenharia e pela proximidade da minha residência.

- Como recorda os primeiros tempos no Instituto? 
Acima de tudo, um ambiente completamente diferente e novo para quem vem do ensino secundário. Também pela iniciação na praxe, da qual ainda me lembro de alguns dos melhores momentos da minha vida universitária.

- Do que mais sente saudades do tempo de estudante?
Sem dúvida, do espírito único que se vive nos tempos de universitário. Não só pela parte da aprendizagem e formação académica, mas também pelas competências e relações interpessoais que se adquirem e, principalmente, as amizades que se criam.

- Para si, o que distingue o ISEP de outras escolas de ensino de engenharia? 
Talvez o ambiente menos formal e menos “pesado” que outras instituições de ensino apresentam, o que permite uma maior proximidade entre docentes e alunos.

- Que bases e competências-chave adquiriu ao longo da formação e que aplica hoje no seu dia-a-dia profissional? 
Capacidade de comunicação, trabalho em equipa e adaptação a diferentes situações de trabalho.

- Desde 2012, assume responsabilidades fora de Portugal. Que grande diferença cultural encontrou?
Encontrei uma relação interpessoal muito diferemte, mais fria e distante, e a demasiada rigidez em seguir procedimentos, dando pouca liberdade à criatividade e ao tão tipicamente português “desenrascanço”.

- Quais as características que melhor o definem?
A melhor, talvez seja a capacidade de organização. A pior, diria um exagerado otimismo em relação àquilo que podemos esperar de terceiros.

- Se pudesse mudar algo no mundo...?

Promovia um maior equilíbrio e igualdade de oportunidades entre os mais desfavorecidos e os mais privilegiados.

- Que mensagem gostava de deixar aos futuros engenheiros do ISEP?
Entrem com um espírito aberto e aproveitem tudo o que este tem para oferecer. Haverá momentos bons e menos bons (como mais tarde vão perceber na vossa vida profissional e pessoal), mas façam-nos valer a pena. O ISEP permite que desenvolvam, não só as vossas competências técnicas, mas também as pessoais