Natural de Fornos de Pinhal, Valpaços, Lúcia Oliveira dá voz ao ISEP há muitos anos, que é como quem diz, trabalha no serviço de atendimento telefónico. Funcionária exemplar, companheira e amiga são algumas das caraterísticas positivas que lhe são reconhecidas por aqueles que têm privado de perto. Desde membros da chefia a colegas, quando se fala nesta ‘senhora’ a ideia é unânime: pura entrega à instituição.
Com cerca de três décadas de trabalho, está na hora de o Instituto dizer não adeus, mas um até já a uma das pessoas com quem estudantes, staff, docentes e externos lidam no dia a dia. A Dona Lúcia, como é carinhosa e respeitosamente tratada, atende e ajuda, mas, por força da profissão, nem se chegou a cruzar com muitos daqueles que auxiliou. Nem só de rostos conhecidos vive o ISEP, mas também de quem nos ‘bastidores’ dá o seu melhor para elevar os padrões de qualidade e de reconhecimento junto da sociedade.
“Excecional. Foi uma pessoa sempre muito proactiva, com um sentido de entrega e de responsabilidade inexcedíveis. Para além disso, assumiu um forte comprometimento com a instituição, procurando atender as pessoas da melhor maneira, resolver e até minimizar problemas, tendo por base a premissa de que, caso não fosse prestado um bom serviço, o Instituto pudesse ficar menos bem visto. É, por isso, um exemplo de como os funcionários públicos devem ser, ao colocar o serviço e a entidade, muitas vezes à frente de questões particulares”, comenta o Eng. Barrote Dias, que foi chefe da Dona Lúcia ao longo destes anos no ISEP.
No entanto, as palavras de apreço chegam também por parte dos colegas, como a Dona Adília Albuquerque, que a conhece desde os seus tempos de juventude: “Foi sempre uma boa colega e já interagia comigo quando a minha mãe trabalhava aqui no ISEP. Tentou ser a melhor funcionária possível, no sentido em que procurou dar o seu melhor todos os dias.”
A equipa de telefonistas do ISEP foi até à data constituída por duas pessoas – a Dona Lúcia e a Dona Manuela. De uma forma ou de outra, coordenaram o serviço num espírito de entreajuda e bem-comum, ao ponto de assegurarem a substituição da colega, caso necessário, para que não ficasse ninguém por atender.
Lado a lado durante nove anos, e em época de mudança, o sentimento que prevalece é a saudade. “É uma boa conselheira, teve que me ensinar e agora que vai para a reforma vou sentir a sua falta. Vai ser uma pena, mas já lhe disse que é para cá voltar e fazer-nos visitas. Trata-se de uma pessoa muito humilde e tornou-se numa amiga pessoal [daquelas que se querem manter toda a vida]”, remata a Dona Manuela sobre a sua ‘companheira de guerra’.
Em nome da instituição, obrigada Dona Lúcia por toda a dedicação a esta casa que é também sua!