Natural de Valongo, Joaquim Alves tem uma forte ligação de 23 anos ao ISEP. Entrou primeiro como estudante e hoje destaca-se como Diretor do Departamento de Física. Desde sempre se sentiu fascinado pela engenharia, gosto que terá nascido ainda em criança ao acompanhar o pai na criação das suas ‘engenhocas’. Considera que o Instituto se distingue pela sua identidade e deixa um conselho para crescermos mais: “Ainda maior comunicação e partilha de experiências entre membros do ISEP e tecido empresarial envolvente.”
- Quando entrou no ISEP? E como recorda esses tempos?
Conheci o ISEP ainda como estudante, em 1989. Um tempo em que tudo era diferente e em que se iniciaram grandes transformações. O ISEP iniciava aí um período de reestruturação, integrando o subsistema de Ensino Superior Politécnico e alargando as suas instalações, que se mantinham desde 1965. Os bacharelatos passaram a ser de apenas três anos e os computadores entravam nas salas de aula.
- O que mais o fascina naquilo que faz?
A constante novidade. O ensino e, em particular, a área da engenharia permite e obriga a uma atualização de conhecimentos permanente. Nunca se perde a sensação de ser estudante, mesmo estando “do outro lado”.
- Quer partilhar algum episódio caricato passado no ISEP?
Em 23 anos de ISEP, como estudante e docente, passei por muitos episódios caricatos, mas o que me terá marcado mais foi o facto de ter tido, em 1991/92, apenas quatro colegas de turma. De todos os colegas que iniciaram os estudos em Electrotecnia - Sistemas de Energia no ano letivo de 89/90 (ano em que as aulas se iniciaram em janeiro de 1990…) apenas cinco chegaram ao 3º ano no tempo devido.
- Qual a receita para lidar com a azáfama do quotidiano?
Organização e planeamento, mantendo uma postura calma e relaxada, pois quase todos os dias o planeamento é alterado.
- Qual o segredo para o sucesso?
Dedicação constante e o gosto por aquilo que se faz. Algo que se aplica em todas as áreas.
- Que aspetos diferenciam o ISEP?
A relação de proximidade entre docentes e estudantes é muito maior do que em todas as escolas por onde passei.
- Qual o melhor canto e recanto desta casa?
O topo das escadas do edifício H, com as suas largas vistas para norte.
- Uma ideia para crescermos mais?
Ainda maior comunicação e partilha de experiências entre membros do ISEP e tecido empresarial envolvente, alargando a criação de projetos interdisciplinares.
- Houve algum membro do ISEP que o tivesse marcado? Porquê?
O Eng. Gil da Costa, no ano letivo de 91/92, meu professor de Projeto de Sistemas de Energia. Muito mais do que transmissão de conhecimentos técnicos, marcou pela partilha da sua experiência de vida profissional.
PERFIL
Cinema: “The Good, the Bad and the Ugly”. Clint Eastwood / Charlize Theron / Steven Spielberg.
Literatura: “Perdido em Marte”, de Andy Weir.
Música: Uma das primeiras a ficar registadas: The Police – “Every breath you take”.
Viagem de sonho: Longa e bem acompanhado. Sem destino.
Gastronomia: Sendo natural de Valongo, Sopa Seca.
Lazer: Percorrer montes e vales, a pé, de moto ou de carro, sempre com máquina fotográfica.
Desporto: Caminhada e corrida.
Se pudesse mudar o mundo: Uma boa educação para todos os sete mil milhões.
Filosofia de vida: Viagem a ver o que dá (que é também um título de um livro).
ISEP numa palavra: Identidade.
A rubrica SOMOS ISEP pretende dar a conhecer alguns dos rostos que integram a nossa comunidade. Sendo muito mais do que uma instituição de Ensino Superior, o ISEP é também uma segunda casa para milhares de pessoas. Estudantes, docentes e colaboradores enriquecem diariamente o Instituto. Este novo espaço destina-se, assim, a cada um dos membros da família ISEP.