Estudar

Engenharia 12.0: Engenharia Eletrotécnica e de Computadores
25-07-2017

A Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (LEEC) permite-nos desenvolver equipamentos e sistemas que processam informação, comunicam e interagem com os seres humanos e o meio ambiente. Acreditado com o selo de qualidade europeia Eur-Ace, este curso oferece ainda aos estudantes a possibilidade de fazerem uma Dupla Titulação no Brasil. O diretor da LEEC, Francisco Pereira, destaca a facilidade de empregabilidade na área e as mudanças no plano de estudos, com o objetivo de aumentar ainda mais a integração dos diplomados no mercado de trabalho.

-Porque razões os estudantes de engenharia e tecnologia devem escolher o ISEP?

Em vez de ser eu a responder a esta questão que, por fazer parte desta grande instituição, posso ser tendencioso, prefiro apresentar-vos os resultados das inúmeras avaliações a que os diferentes cursos do ISEP já foram submetidos (quer as Licenciaturas, quer os Mestrados). Em todas essas avaliações, as entidades externas (quer a Ordem dos Engenheiros, quer a A3ES) têm referido que o ensino ministrado no ISEP é de elevada qualidade, comprovado quer pelas acreditações dos cursos quer pela atribuição dos selos de qualidade EUR-ACE. Nessas avaliações têm estado presentes empregadores de diferentes ramos da indústria, os quais também têm elogiado a qualidade do ensino da engenharia no ISEP. Aliado à evidente e comprovada qualidade, os estudantes do ISEP partilham de um ambiente familiar promovido quer pelo corpo docente, quer pelo corpo discente. Esta proximidade interpessoal é uma das imagens de marca do Instituto, a qual permite aos seus estudantes libertarem-se da pressão extra que poderia surgir. Isto é, particularmente, importante para os estudantes que precisam de sair do seu ambiente familiar para prosseguir os seus estudos.

-A Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores é uma excelente opção. Quais as suas principais mais-valias?

O próximo ano letivo (2017/2018) é um ano de mudança para a LEEC, uma vez que o plano de estudos da Licenciatura sofre uma grande alteração. O novo plano de estudos vai permitir ao curso ir ao encontro das melhores práticas do ensino da engenharia, enquadrando, pelo menos, uma unidade curricular integradora das competências previamente adquiridas noutras unidades curriculares, por ano letivo, com destaque para os últimos três semestres letivos. As unidades curriculares integradoras vão permitir aos estudantes aplicarem as competências de diferentes unidades curriculares no desenvolvimento de um projeto, consolidando assim esses conhecimentos e aprendendo a integrar competências que, à partida poderiam parecer que não se complementavam. A existência das unidades curriculares integradoras ao longo da Licenciatura é um fator de extrema importância, uma vez que prepara melhor os nossos licenciados para o mercado de trabalho, sendo ainda um fator de diferenciação relativamente a cursos similares de outras instituições. Para além disso, o novo plano de estudos vai permitir uma melhor integração dos estudantes na entrada do Ensino Superior, uma vez que passa a ter uma unidade curricular dedicada a essa integração no primeiro semestre do primeiro ano. Outra mais valia desta licenciatura, sendo também outro fator diferenciador da maioria das instituições, é que temos à disposição dos estudantes horários diurnos e pós-laborais.

-O que podem os estudantes esperar por parte do corpo docente do ISEP?

Como já referi anteriormente, o corpo docente mantém uma relação de proximidade com os estudantes, estando sempre disponível para lhes prestar todos os esclarecimentos, quer durante as horas letivas, quer nas horas não letivas. Esse esclarecimento vai muito além das dúvidas relacionadas com os conteúdos programáticos das unidades curriculares do curso, papel que, o Departamento de Engenharia Eletrotécnica e a Direção do curso também assumem como função relevante dentro das suas competências.

-Há parcerias com empresas de renome? Se sim, quais?

As parcerias na Licenciatura existem essencialmente em termos de protocolos de estágio estabelecidos entre as empresas e os estudantes quando estes desenvolvem o seu projeto/estágio em ambiente empresarial. A unidade curricular de projeto/estágio enquadra-se no último semestre do curso. As parcerias estabelecidas nos últimos anos têm incluído as seguintes empresas: EDP; PT; Efacec; Bosch; Evoleo Technologies; Nanium; EngVirtual; Sysadvance; Wise Connect; Adira; IPBrick; Ferpinta; Gisgeo; Guiatel; Connect Robotics; Displays & Mobility Solutions; Tecnogial; Controlar; Essani; Elergone Energia; Termobrasa; Siemens; PierEnergy; IEP; Vodafone; Amorim; Continental; Unicer; Xhock Technologies; Continental; Gislotica, entre outras.

-A engenharia é uma área com forte empregabilidade. Que saídas profissionais os estudantes podem adotar?

Os licenciados encontram múltiplas oportunidades profissionais nos setores da indústria e dos serviços tradicionalmente ligados à Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (Eletrónica, Automação, Telecomunicações, Sistemas de Informação, Controlo e Instrumentação, Redes de Comunicações, Sistemas Inteligentes, Sistemas Computacionais) e, de uma maneira geral, em todas as atividades que fazem uso das tecnologias da informação em tarefas de planeamento, exploração, manutenção e gestão. As empresas com as quais temos protocolos de colaboração ao nível do estágio curricular são um exemplo do mercado de trabalho existente para estes licenciados. A empregabilidade desta Licenciatura sempre foi das mais elevadas do País e a procura de engenheiros nesta área continua a aumentar.

-Com este curso os estudantes têm acesso a oportunidades de internacionalização?

Sim, os estudantes dispõem de um leque alargado de oportunidades que lhes permitem fazer um ou mais semestres da Licenciatura noutro país. A LEEC tem diferentes protocolos com instituições estrangeiras permitindo aos estudantes fazerem a sua mobilidade por quase todo o mundo.

Dos programas de mobilidade destaca-se a mobilidade ERASMUS, que permite aos estudantes fazerem a mobilidade na Europa. Destaco ainda a existência de um protocolo de dupla titulação com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, permitindo que os estudantes façam uma parte do curso no Brasil e fiquem com dois diplomas.

-Para rematar, que conselhos gostaria de dar a quem está prestes a ingressar no Ensino Superior?

O ingresso no Ensino Superior representa uma nova etapa no percurso académico dos estudantes e, sendo um sistema de ensino muito diferente do Secundário, torna a sua adaptação difícil, ou pelo menos ‘não imediata’. O ritmo com que são dados os conteúdos programáticos é muito elevado, o que exige dos estudantes um trabalho diário de modo a conseguirem acompanhar e perceber as diferentes matérias ministradas. A quantidade de conteúdos programáticos é maior e o número de aulas presenciais é menor (exemplo: Matemática no secundário tem 4 horas e 30 minutos e no ensino superior tem 3 horas e 20 minutos). Tal, significa que o número de horas que o estudante dedica ao seu trabalho autónomo tem de ser maior no Ensino Superior. Este é um aspeto essencial – o trabalho autónomo do estudante. Além disso, ao fim dos primeiros cinco meses os estudantes já foram avaliados a todas as unidades curriculares do semestre. As avaliações das competências adquiridas pelos estudantes ocorrem a um ritmo elevado. Deste modo, o conselho que dou aos estudantes é que se dediquem ao estudo desde a primeira semana de aulas, pois só desta forma irão conseguir superar todas as dificuldades e concluir as diferentes unidades curriculares com sucesso. Uma das vantagens que têm ao chegar ao Ensino Superior é que a média do curso começa do zero. Posto isto, os estudantes que ficaram com uma média baixa no Secundário devem ver nesta entrada no Ensino Superior uma oportunidade para elevar as suas competências, sendo um alento para que se dediquem ao curso desde o início de modo a conseguirem uma boa média no final.

BI DO DIRETOR DO CURSO

Francisco Pereira nasceu em Angola e licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (na FEUP). Para além disso, tirou o Mestrado em Optoeletrónica e Lasers, em Essex (Reino Unido) e o Doutoramento na FCUP, com um estágio na Universidade de Arizona. Ingressou no ISEP, em 1998, como Assistente do 1º Triénio e passou pelas diferentes categorias até a atual – Professor Adjunto. É Diretor de Curso desde 2010.