A Engenharia Geotécnica e Geoambiente (EGG) é uma área transversal que trabalha com solos, o subsolo e rochas, explorando potencialidades da engenharia e das ciências da terra para implementar projetos de construção, extração sustentável de matérias-primas e proteção ambiental. O diretor da Licenciatura em EGG, José Fernandes, salienta que esta é a única oferta formativa do género no País e, para além disso, está acreditada com o selo de qualidade europeia EUR-ACE. Este curso é adequado para quem gosta de trabalho de gabinete, mas também quer ter a possibilidade de desempenhar as suas funções ao ar livre.

-Porque é que os estudantes de engenharia e tecnologia devem escolher o ISEP?

O ISEP é uma instituição de ensino em engenharia com um longo passado, que se distingue pela qualidade dos profissionais que forma. Tem um papel, no presente, com forte cariz de inovação, empreendedorismo e desenvolvimento técnico-científico. O futuro perspetiva-se altamente promissor para responder aos novos desafios. A oferta formativa do ISEP, com elevada taxa de empregabilidade, goza de um enorme reconhecimento nacional e internacional, com os respetivos cursos acreditados pela Agência Nacional de Acreditação (A3ES). Note-se também que alguns são detentores do selo de qualidade europeia EUR-ACE e cujos diplomados podem ingressar na Ordem dos Engenheiros, ou na Ordem dos Engenheiros Técnicos. Para além disso, o ISEP assegura um ensino de referência, com forte vertente experimental e aplicada, e proporciona aos estudantes, através dos seus centros de investigação e de prestação de serviços, a possibilidade de participarem em projetos interdisciplinares.

-A Licenciatura em Engenharia Geotécnica e Geoambiente é uma excelente opção. Quais as suas principais mais-valias?

A Licenciatura em Engenharia Geotécnica e Geoambiente é a única oferta formativa do género a nível nacional, à qual foi ainda atribuído o selo de qualidade europeu EUR-ACE. Trata-se de um curso que evidencia uma prática pedagógica com uma forte componente teórico-prática e experimental, tal como no envolvimento permanente dos estudantes em ambiente de projeto ligado ao meio empresarial. A LEGG desenvolve competências, conhecimentos técnico-científicos e culturais com vista à inovação e exercício profissional, pelo que os diplomados podem ingressar no mercado de trabalho ao fim de três anos, o que constitui uma mais-valia porque permite um acesso mais rápido ao mercado laboral. Esta atividade profissional é vocacionada para pessoas que para além de gostarem da área da engenharia, em gabinete, pretendam ainda ter a possibilidade de poder realizar trabalho de campo ao ar livre.

-O que podem os estudantes esperar por parte do corpo docente do ISEP?

Formação científica e técnica elevada, sendo que grande parte dos docentes tem o grau de Doutor e muitos têm uma prática profissional relevante, com vasta experiência pedagógica e reconhecida competência científica. A maioria dos docentes promove e participa em projetos I&D em colaboração com empresas, ou inseridos nos grupos de investigação. Elevado rigor, forte motivação, disponibilidade e empenho.

-A engenharia é uma área com elevada empregabilidade. Que saídas profissionais os estudantes podem adotar?

Os licenciados em Engenharia Geotécnica e Geoambiente desenvolvem a sua atividade em vários setores da atividade industrial, tais como: a prospeção, exploração e gestão de georrecursos minerais, de petróleo, gás natural e das águas subterrâneas; nas diferentes áreas da geotecnia ambiental; nas obras geotécnicas em maciços rochosos e terrosos; na utilização e manuseamento de substâncias explosivas paras usos civis e em estudos de geociências de engenharia. Os diplomados poderão desenvolver atividades de planeamento, projeto, construção, direção, coordenação e fiscalização de projetos de geoengenharia.

-Há parcerias com empresas de renome? Se sim, quais?

Em resultado das parcerias estabelecidas com empresas dos setores da construção civil e obras públicas, do setor extrativo e do setor energético, nos últimos anos, os finalistas desenvolveram o projeto final de curso em empresas como, por exemplo:  Mota-Engil; Soares da Costa; Irmãos Cavaco SA; TARH – Terra, Ambiente e Recursos Hídricos Lda; GGC – Geologia, Geotecnia Lda; FPM – Francisco Pereira Marinho Lda; GrupoElevo; Fase; Geoma; Geo-Rumo; COBA; Jaime Ribeiro & Filhos e Norlabor; Almina; Somincor; Orica; Maxam, entre outras.

-Com este curso os estudantes têm acesso a oportunidades de internacionalização?

São inúmeros os estudantes que têm participado no programa de mobilidade Erasmus, em várias instituições de Ensino Superior europeias e que também têm aderido à dupla titulação com a Universidade Politécnica de Madrid.

-Para rematar, que conselhos gostaria de dar a quem está prestes a ingressar no Ensino Superior?

Ter um futuro para construir não é tarefa fácil, pois depende de muitos fatores, mas depende essencialmente das opções que se tomam, pelo que estas devem ser conscientes e bem informadas. Assim, daria os seguintes conselhos: há que se informar relativamente às profissões e mercado de trabalho; há que ser proativo na definição do seu futuro e que tentar obter o máximo de informação junto dos profissionais da área a que se pretende candidatar; há que ser-se curioso e tentar sempre aprender mais; e, por fim, há que tentar conciliar a vocação e o seu objetivo de vida com a razão.

BI DO DIRETOR DE CURSO

Natural do Porto, José Fernandes é Licenciado em Engenharia Geotécnica pelo ISEP, Mestre em Minerais e Rochas Industriais e Doutor em Geocências, ambas as titulações pela Universidade de Aveiro (UA). É membro investigador no Centro GeoBioTec|FCT (Grupo de Georrecursos, Geotecnia e Geomateriais) da UA e Presidente da Assembleia Geral do Cluster dos Recursos Minerais de Portugal.do Colégio de Engenharia Geotécnica e Minas da OET.

Membro da Sociedade Portuguesa de Geotecnia, da ISRM, da Associação Portuguesa de Estudos e Engenharia de Explosivos (AP3E) e da Asociación Iberoamericana de Enseñanza Superior de la Minería (AIESMIN). José Fernandes leciona no ISEP, desde 1998, é Diretor do Laboratório de Geotecnia e Materiais de Construção tem cerca de 30 anos de experiência profissional na área de Engenharia Geotécnica e Georrecursos. É autor e coautor de várias publicações em atas de congressos e artigos científicos, nacionais e internacionais.