Luís Pedro Silva, arquiteto responsável pela emblemática obra do Terminal de Leixões, é uma das várias personalidades com presença confirmada na 4.ª conferência do ciclo “Engenharia em Movimento” direcionada para o setor turístico, que terá lugar no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), no próximo dia 3 de março.
A iniciativa “A Engenharia como Motor do Turismo” apresenta um painel diversificado com decisores políticos e especialistas de renome nas áreas em debate, visando perspetivar o potencial de desenvolvimento turístico e os contributos que poderão ser dados pela Engenharia.
De ano para ano, o Turismo tem registado um cada vez maior crescimento, abrangendo as mais diversas valências do setor, desde a hotelaria à restauração. No entanto, merece particular destaque a indústria de cruzeiros, uma vez que esta tem vindo a multiplicar o número de visitantes e o montante de receitas geradas. Nesta ótica, ganham preponderância os registos do porto de Lisboa e, mais recentemente, do Terminal de Leixões. De facto, este último distingue-se não só por ser uma importante porta de entrada na região do Porto, mas também por tratar-se de uma das maiores obras de cariz público construídas nos últimos anos na zona norte do País.
Durante cerca de uma década, deram-se os passos que culminaram na construção do novo complexo portuário de Leixões, um processo moroso que auspicia, contudo, colher ainda muitos e mais frutos. “Terminal de Leixões: Do Porto ao Turismo para a criação de um lugar”, o tema central da intervenção do orador-convidado Luís Pedro Silva, debruça-se na obra supramencionada, em articulação com a sua influência geográfica e económica.
Revela-se oportuno analisar a importância arquitetónica, funcional e até turística do edifício. O novo Terminal de Cruzeiros de Leixões é o resultado de uma iniciativa da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), situado no Molhe Sul, em Matosinhos. Esta construção teve, essencialmente, um duplo objetivo: melhoria da eficiência comercial e melhor integração urbana. Distando aproximadamente 750 metros da costa, o projeto integra: um cais para cruzeiros; uma estação com capacidade para cerca de 2500 passageiros em turnaround (que efetuam embarque e desembarque); um cais fluvio-marítimo; um porto de recreio náutico para 170 embarcações e respetivos serviços de apoio e um estacionamento para autocarros. Além disso, o edifício alberga diversas componentes programáticas distintas e, por vezes, até antagónicas, nomeadamente salas para eventos, pequena área de restauração e ainda o Polo do Mar e de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto.
Indubitavelmente, trata-se de uma obra que reúne num só espaço imensas funções, potencializando o crescimento do setor portuário e turístico. Nota para o facto de o evento “Engenharia em Movimento” contar, além do arquiteto Luís Pedro Silva, com as presenças de Ana Mendes Godinho (Secretária de Estado do Turismo), Fernando Almeida Santos (presidente da Região Norte da Ordem dos Engenheiros) e Mário Ferreira (CEO DouroAzul). No dia 3 de março, as portas do Auditório Magno, do ISEP, vão estar abertas para todos os interessados em “A Engenharia como Motor do Turismo”.