Dissertação do mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores propõe a utilização de câmaras termográficas nos sistemas de videovigilância. Esta solução, desenvolvida em ambiente académico-empresarial, reforça a eficácia dos sistemas e contribui para garantir ambientes mais seguros.
Tem vindo a crescer o recurso a sistemas de videovigilância internos e externos para apoiar a monitorização e protocolos de segurança de locais públicos, edifícios estatais, bases militares, mas também de aeroportos, centros comerciais, escritórios ou casas privadas. Este tipo de sistemas possibilita proceder à deteção e acompanhamento de indivíduos, tornando a monitorização dos ambientes mais eficiente.
Contudo, um primeiro entrave surge devido à vulnerabilidade das imagens típicas (imagem natural e infravermelha) às condições ambientais adversas, como o nível de luminosidade (luzes muito fortes ou escuridão total), condições climatéricas (chuva, nevoeiro) ou mesmo o fumo a poderem dificultar uma monitorização contínua.
O trabalho proposto no âmbito do mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores visou avançar soluções que aumentem a eficácia destes sistemas. No âmbito da dissertação, analisaram-se técnicas termográficas avançadas para a classificação automática de dados. A proposta recorre ao uso de câmaras termográficas para garantir que os sistemas distingam objetos (como uma pessoa e um carro); diferenciam sujeitos (pessoas distintas); e assegurem a monitorização contínua do sujeito pretendido de forma automática.
«Ao aplicar os métodos de imagens termográficas abrem-se novas perspetivas para os sistemas de vigilância em ambientes onde as câmaras tradicionais não apresentam o desempenho adequado», aponta Paula Viana, que coorientou a dissertação, juntamente com Pedro Carvalho.
A docente do Departamento de Engenharia Eletrotécnica destacou a elevada capacidade de trabalho da mestre ISEP, cujo estudo deverá agora ser implementado num sistema móvel de vigilância.
Este dissertação foi desenvolvido em parceria com a empresa Strong Segurança e o INESC Porto, no âmbito do projeto de investigação Robot Vigilante - cofinanciado pela Agência de Inovação (Adi).
Tânia Zhu encontra-se atualmente a viver na Holanda.
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