O ISEP tem apostado na internacionalização como veículo para a partilha de conhecimento e boas práticas – um investimento gerador de oportunidades para estudantes e diplomados. Deixamos um testemunho de alguns diplomados ISEP que vingam “lá fora” e ajudam a construir a marca de um Portugal moderno e competitivo.
Ricardo Machado, diplomado em Engenharia Electrotécnica, rumou à Alemanha há dois anos em busca de maiores desafios. As experiências anteriores em Erasmus e em digressões internacionais com grupos académicos despertaram-lhe outra forma de estar e ver o mundo, mas o que pesou nesta decisão foi a vontade de evoluir profissionalmente. Ao desejo de estar nos centros de decisão juntou a perseverança para procurar uma oportunidade. Esta surgiu na Nokia Siemens Networks e revelou-se «das melhores decisões que podia ter feito».
É esta capacidade para acreditar nas próprias competências que Álvaro Vieira destaca para o êxito de qualquer engenheiro. Formado em Engenharia Geotécnica e Geoambiente, o colaborador da Repsol assume que a chave do sucesso reside na combinação de auto-confiança com a capacidade para «sonhar alto» e saber integrar equipas e projectos. O resto é profissionalismo e resultados, conforme acrescenta João Silva, diplomado em Engenharia Mecânica, que trabalha como engenheiro de processos no Departamento de Novos Produtos da Philips, na Holanda.
Estes jovens valores da Engenharia portuguesa ajudam a construir a nova imagem de Portugal no mundo. Pertencem à vaga de emigrantes qualificados que exporta um Portugal tecnológico e inovador. Carlos Gama, também diplomado em Engenharia Mecânica, avança que o reconhecimento chega após muito trabalho, mas destaca que os portugueses são distinguidos pela sua capacidade ímpar de improvisação e flexibilidade.
A viver em Braunschweig, Alemanha, Carlos Gama trabalha num escritório de Engenharia na área ambiental, onde assume responsabilidades ao nível da supervisão de obras, planeamento e projectos internacionais. Está a terminar a fase de planeamento do novo aterro industrial da Harz-Metall em Goslar.
De resto, estes quatro “embaixadores ISEP” são uníssonos na abordagem da valorização que os profissionais portugueses têm no estrangeiro. Ricardo Machado recorda «a capacidade de trabalho, esforço e "desenrasque"», que associa à vontade de reconhecimento pessoal e profissional, mais do que meramente financeiro.
A passagem pelo ISEP é outro factor que os une. Para Carlos Gama, o ISEP forma os engenheiros com maior capacidade de adaptação e improviso do mundo – algo indispensável no mundo real, já que os capacita para qualquer desafio. «Até este momento consegui sempre encontrar a solução mais apropriada (económica e tecnicamente) e ainda está para chegar o dia em que irei trabalhar na área da Engenharia Mecânica». Também João Silva incide na capacidade para procurar soluções em detrimento de olhar para problemas. «No meu caso, o ISEP “preparou-me” para o mundo profissional. Desde o curso, passando pelo Erasmus e até as formações do ISEP|GO sobre técnicas de procura de emprego».
Ricardo Machado destaca a forma como aprendeu a relacionar-se com diferentes pessoas e opiniões de forma construtiva. O calor humano é também referenciado por Álvaro Vieira, que via no relacionamento entre docentes e estudantes «uma família de amigos», capazes de trabalhar em equipa e com enorme apetência para trabalhar no terreno em desafios reais. De resto, o chefe de produção na plataforma petrolífera da Repsol ao largo de Casablanca, que se prepara para abrir um restaurante seu em Portugal, aponta que o ISEP o ajudou a abrir horizontes e «abrir horizontes é alargar oportunidades».
Da vida “lá fora”, Ricardo Machado gosta da organização alemã e da maneira como as pessoas se respeitam. Aconselha visitas a Berlim, Dresden, Hamburgo, Munique, Bremen, Leipzig. «Estar no centro da Europa abre-nos as portas para conhecer mais facilmente outras cidades». João Silva enaltece a frontalidade holandesa, o estilo de vida pro-bicicleta e «obviamente a cerveja holandesa». Álvaro Vieira fala da cultura espanhola de aproveitar a vida e do «copo com amigos quando saem do trabalho». A Carlos Gama atrai a «elevadíssima qualidade de vida» de Braunschweig e a centralidade alemã.
Quanto aos planos para o futuro, sobressaem duas ideias de força: continuar a evoluir e a inspirar outros a arriscarem investir em si. Portugal nunca deixará de estar no horizonte. O ISEP, carregam-no consigo diariamente.
+INFO: Gabinete de Relações Externas