O empreendedorismo é tido como um elemento vital para a competitividade das economias, uma alavanca para a revitalização económica nacional e uma das competências-chave para o futuro. A educação para o empreendedorismo está em crescendo pela Europa e no Instituto Superior de Engenharia do Porto, esta é não só uma aposta estratégica, como uma realidade já bem estabelecida.
Para divulgar alguns casos de sucesso, o ISEP lançou no ano passado a rubrica Empreendedores ISEP. Aqui, tentamos divulgar casos de alunos, diplomados ou colaboradores que decidiram criar o próprio negócio ou contribuíram positivamente para o lançamento de novos produtos e serviços. Os primeiros modelos incluem diplomados de Engenharia Mecânica, Eletrotécnica e Informática. São Hélder Fernandes (ViGIE Solutions), João Vieira Pinto (JOCOPI), José P. Airosa (Bluekora), Paulo Ramalho (Quimauto) e Ricardo Lucas (RILUC Engineered Furniture).
Este ano apresentamos mais dois, António Silva (Noniussoft) e Nuno Freitas (Quasibit).
Diplomado em Engenharia Eletrotécnica e CEO da Nonius, António Silva, decidiu criar a empresa em 2004, tendo aproveitado uma oportunidade surgida com um concurso de ideias da Agência de Inovação (Adi).
Acredita que «ser engenheiro é ter a capacidade de planear, simplificar, decidir o caminho a seguir, construir, resolver problemas e, acima de tudo, conseguir pôr tudo a funcionar», características necessárias a um empreendedor. Revê em Portugal uma vontade de «aventura, de explorar novos caminhos e criar novas abordagens para se conseguir inovar, diferenciar e criar valor» e relembra que no ISEP passou «períodos de grande estimulação intelectual».
Para António Silva, «os professores podem ser referências inspiradoras, desafiando e estimulando os alunos a definir objetivos, crescer e melhorar».
A Nonius exporta tecnologia para mais de 30 países, sendo reconhecida como uma PME tecnológica portuguesa com grande potencial de crescimento.
Nuno Freitas concluiu o curso de Engenharia Informática em 2007. O cofundador e gestor da Quasibit associa a ideia de lançar a empresa ao «desejo de ser autónomo e levar a cabo as minhas ideias de negócio» – um processo que beneficiou da experiência profissional no estrangeiro e do «apoio e empenho da outra cofundadora da Quasibit, Dércia Silva, também diplomada pelo ISEP».
«Sendo uma parte integrante da engenharia a sua constante renovação, existe uma estreita ligação com o empreendedorismo. Torna-se então natural e determinante que cada engenheiro seja também um empreendedor», refere Nuno Freitas.
Este empreendedor ISEP reclama uma mudança de mentalidades que propicie um melhor ambiente para o empreendedorismo, já que «num país pequeno é essencial apostar na inovação e em produtos de excelência. Portugal tem que apostar na especialização».
Considerando que o empreendedorismo «é uma competência que tem que ser desenvolvida e estimulada», aponta a responsabilidade das instituições académicas na ligação ao mundo real e na «valorização da inovação e da iniciativa em trabalhos práticos e teóricos». Neste sentido, refere que a passagem pelo ISEP foi bastante enriquecedora.
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