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Oradores Convidados

 

Matthias Ludwig

Goethe University Frankfurt, Germany

MoMaTrE - Mobile math trails in Europe, UMA COMBINAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE ENSINO E TECNOLOGIA.

Os exercícios matemáticos modelo nos manuais escolares são frequentemente aborrecidos e sem autenticidade (Vos 2013). Com o Projeto MathCityMap (Projeto-MCM) pretende-se motivar os alunos a resolver exercicios autênticos usando ideias de modulação matemáticas expeditas. O Projeto-MCM baseia-se na ideia de trilhos matemáticos apresentada em Melbourne na Austrália em 1984. (Blane &Clarke, 1984). Um trilho matemático é um passeio onde se pode debater, resolver, mas também formular exercícios matemáticos (Shoaf et al, 2004). Para resolver o exercício é necessário interagir com o local, ou com um objeto, onde se encontra o exercício. É também necessário usar a ideia de modelação matemática, já que se deve transformar a situação real num modelo matemático onde se possa aplicar matemática.

Com as oportunidades técnicas ao dispor nos dias de hoje, a ideia dos trilhos matemáticos sofreu uma revitalização (Ludwig et al, 2013). No Projeto MCM usamos a aplicação MCM para dispositivos móveis a partir dos quais quem está no trilho matemático pode obter o seu guia para o trilho, assim como diferentes pistas para solucionar o problema. A aplicação pode ainda verificar as respostas dadas. Através do portal do MCM, é possível dar acesso aos exercícios desenvolvidos às pessoas interessadas. Os utilizadores podem consultar os exercícios disponibilizados e adaptá-los às suas necessidades. Os utilizadores registados não são obrigados a publicar os seus próprios exercícios, mas podem partilhá-los com amigos.

CV resumido

Matthias Ludwig é Professor Catedrático em Educação Matemática na Universidade de Goethe, em Frankfurt, na Alemanha, onde leciona maioritariamente alunos do ensino secundário. Está à frente do Instituto para a educação da matemática e da ciência de computadores. Antes de ser Catedrático, lecionava matemática e física numa escola secundária e numa faculdade. A sua pesquisa em educação matemática centra-se na modelação matemática, na matemática fora de portas e na geometria espacial com tecnologia. Entre as suas publicações destaca-se A Matemática e o Desporto (Uma visão matemática sobre os Jogos Olímpicos), Trabalhos do Grupo de geometria da sociedade Alemã da educação Matemática e diversos artigos de investigação em conferências internacionais. Chefia a parceria estratégica do Erasmus+ com a MoMaTrE (Mobile Math Trails in Europe). É ainda editor da série de manuais de matemática para o ensino secundário Mathe.Logo.

 

 

Rui M. Lima

Universidade do Minho

Princípios Base e Modelos de Aprendizagem Baseada em Projetos Interdisciplinares (PBL): resolução de problemas industriais reais para o desenvolvimento de competências.

O Processo de Bolonha veio reconfigurar a abordagem curricular do Ensino Superior na Europa, ao colocar o aluno no centro do processo de ensino-aprendizagem, atribuindo-lhe maior autonomia. Neste contexto, possibilitou a introdução de estratégias de aprendizagem ativa (Christie & de Graaff, 2017;Lima, Andersson, & Saalman, 2017), capazes de aumentar a motivação dos alunos e o desenvolvimento de competências técnicas e transversais. Entre estas estratégias podem destacar-se as seguintes: aprendizagem Baseada em Problemas (PBL – Problem-Based Learning) (Graaff & Kolmos, 2003;Perrenet, Bouhuijs, & Smits, 2000), aprendizagem Baseada em Projetos (PBL – Project-Based Learning) (Edström & Kolmos, 2014;Helle, Tynjälä, & Olkinuora, 2006;Powell & Weenk, 2003), Sala de aula invertida (Lucke, Dunn, & Christie, 2017), Jogos de aprendizagem (Deshpande & Huang, 2011).

Na Engenharia tem sido relevante a aplicação de projetos como meio de aprendizagem. Projetos individuais ou em grupo, com maior ou menor grau de interdisciplinaridade têm vindo a ser aplicados ao longo da história da Educação em Engenharia. Nos últimos anos tem sido dada particular atenção aos projetos em equipa com elevados requisitos de interdisciplinaridade.

Esta aposta justifica-se pelas potencialidades das abordagens baseadas em PBL: a) sendo projetos abertos, sem uma solução previamente definida, as equipas de alunos têm de ir tomando decisões ao longo do processo; b) sendo projetos interdisciplinares contempla a integração de várias áreas de conhecimento, tornando a aprendizagem dos alunos mais significativa; c) sendo projetos com temáticas que permitem uma aproximação à realidade profissional, a articulação entre a teoria e a prática torna-se mais evidente.

A implementação dos projetos de aprendizagem interdisciplinares surge no Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial, em 2005, no contexto do desenvolvimento de experiências inovadoras de preparação para a adequação do curso aos desafios propostos pelo Processo de Bolonha (Carvalho & Lima, 2006;Lima, Dinis-Carvalho, Flores, & Hattum-Janssen, 2007). Atualmente assumem um lugar de destaque na estrutura curricular do Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial, decorrente do trabalho desenvolvido por um conjunto de professores que trabalham num ambiente colaborativo e de alunos que se comprometem com a concretização dos projetos e o reconhecem com uma mais-valia na formação inicial (Fernandes, Mesquita, Flores, & Lima, 2014Mesquita, Lima, & Flores, 2013).

Esta comunicação tem por objetivo a divulgação e disseminação do impacto da implementação da aprendizagem baseada em projetos interdisciplinares (“Project Based Learning”) em interação com empresas, no Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial, da Universidade do Minho. Procura-se documentar o trabalho desenvolvido em 12 anos de implementação e potenciar a sua difusão a outros contextos, visando fomentar processos inovadores de ensino e aprendizagem assentes nos princípios da interdisciplinaridade e articulação entre a formação inicial e a prática profissional.

CV RESUMIDO

Rui M. Lima é Professor Associado do Departamento de Produção e Sistemas da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, Portugal. A sua atividade profissional atual é centrada no ensino e / ou investigação em Engenharia e Gestão Industrial, principalmente nas seguintes áreas: Gestão da Produção; Gestão de Projetos Lean e Agile; Serviços Lean; Sistemas de Produção Lean; Educação em Engenharia; Aprendizagem Baseada em Projeto (PBL); Cooperação Universidade-Empresas (UBC). Atualmente, está envolvido em projetos internacionais com universidades de oito países diferentes da Europa, Ásia e América do Sul. Tem mais de 120 publicações em revistas, conferências e capítulos de livros. Esteve envolvido em trabalho editorial em revistas de engenharia e educação em engenharia.

 

 

Carlos Vaz de Carvalho

Instituto Superior de Engenharia do Porto, Portugal

Jogos, Jogos Sérios e Ensino da Engenharia.

As mecânicas e as dinâmicas dos jogos capturam o interesse do jogador, respondendo às suas motivações intrínsecas e extrínsecas e mantendo-o envolvido por largos períodos de tempo. Os Jogos Sérios são desenhados para aproveitar o contexto imersivo e envolvente dos jogos para promover o desenvolvimento de conhecimentos, capacidades e competências. Jogando, aprende-se a tomar de decisões, a desenhar estratégias, a liderar, a trabalhar em equipa, a colaborar, etc.

Assim, os Jogos Sérios são usados com sucesso em diferentes áreas, como a engenharia, a saúde, a educação, o marketing, a conscientização social, a gestão de emergências, a investigação científica, etc. Estudos realizados mostram que a maior motivação e imersão do utilizador neste contexto resultam de facto num maior cumprimento dos objetivos "sérios".

Nesta sessão vamos detalhar o conceito de jogo sério, exemplificar a sua aplicação ao Ensino da Engenharia e mostrar como podem promover de facto a Aprendizagem Ativa.

CV RESUMIDO

Carlos Vaz de Carvalho é Licenciado e Mestre em Engenharia Electrotécnica e de Computadores pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Doutorado em Tecnologias e Sistemas de Informação pela Escola de Engenharia da Universidade do Minho.

É docente do Ensino Superior há 26 anos no Dep. Engenharia Informática do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP). Ao longo deste período produziu conteúdos pedagógicos para mais de 10 disciplinas diferentes, na maior parte dos casos com componentes online inovadoras. Foi igualmente responsável pela planificação e desenvolvimento de programas para várias destas disciplinas, destacando-se as integradas no Mestrado em Eng. Informática. É igualmente de destacar a participação em processos de reformulação curricular, alguns a nível Europeu, assinalando-se o facto de ter sido o promotor principal do perfil em Sistemas Gráficos e Multimédia do Mestrado em Eng. Informática.

Tem, em paralelo, atividade assinalável na formação de curta duração destacando-se as ações relacionadas com o e-learning, em colaboração com organizações de destaque nessa área.

Cientificamente, foi investigador do INESC (Grupo de Computação Gráfica) entre 1988 e 1996. A partir desse momento passou a desenvolver a carreira científica na área do e-Learning, no Instituto Superior de Engenharia do Porto. De 2005 a 2014 foi Coordenador Científico do Grupo de Investigação GILT (Graphics, Interaction and Learning Technologies). Orientou 8 teses de Doutoramento e 30 de Mestrado neste âmbito, foi autor de mais de 150 publicações e comunicações sobre este tema, incluindo dez livros (como autor e editor). É ainda de destacar a participação em mais de 45 projetos Nacionais e Europeus, assumindo a coordenação de 15. É de notar que, pela natureza dos temas abordados, estes projetos tiveram sempre um perfil misto de carácter científico e pedagógico.

Foi diretor (2001-2005) de eLearning do Instituto Superior de Engenharia do Porto e do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico. Dirigiu, entre 1997 e 2000, a Unidade de Ensino a Distância do Instituto Politécnico do Porto.

Entre 2011 e 2013 foi Presidente do Capítulo Português da Sociedade de Educação do IEEE. Em Agosto de 2011 foi elevado a Membro Sénior do IEEE, como reconhecimento da relevância das atividades realizadas no âmbito do Ensino da Engenharia.

 

 

Paula Peres

Politécnico do Porto

Educação Superior numa Sociedade Digital e em Rede.

A globalização acentuada pelas inovações tecnológicas faz com que os locais de educação participem de fenómenos globais de aprendizagem em rede, que podem e devem manter as suas especificidades regionais. A forma de apropriação das tecnologias influência positivamente ou negativamente o processo de aprendizagem, que acima de tudo é um processo de interação social e cognitiva em espaços digitais e em rede.

Nesta comunicação pretende-se a reflexão sobre as formas como usamos as tecnologias para comunicar e promover a aprendizagem e eliminado as barreiras geográficas e cognitivas, reconhecendo que nos processos de aprendizagem (global ou local) importa compreender cada sujeito como uma entidade complexa, resultante da combinação de fatores biológicos e psicológicos, resultante das experiencias vividas, que deixam marcas positivas ou negativas mais superficiais ou mais profundas.

CV RESUMIDO

Possui a agregação na área de doutoramento em Educação: ramo Educação a distância e eLearning. É Doutorada e pós-doutorada na área das tecnologias educativas, Mestre em Informática e Licenciada em Informática-Matemáticas Aplicadas. Possui uma Pós-graduação em Educação de Adultos. Foi pró-presidente para o e-Learning do Politécnico do Porto entre 2016 e 2018. Entre 2011 e 2018 foi responsável pelo centro de formação e serviços do ISCAP/Politécnico do Porto. É coordenadora da Unidade de e-Learning e Inovação Pedagógica do Politécnico do Porto (EIPP), é diretora do curso de pós-graduação em Inovação e Comunicação Digital, em regime de b-learning, do ISCAP/P.PORTO. Desempenha atualmente funções de docente, na área científica de sistemas de informação, do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto/Instituto Politécnico do Porto, ISCAP/P.PORTO.

Desde 2003 tem vindo a desenvolver investigação na área do e/b-learning. Assume a responsabilidade científica de vários projetos nacionais e internacionais de investigação na área do e/b-Learning. É membro da comissão científica de várias conferências e iniciativas nacionais e internacionais no âmbito do e/b-Learning. É membro da comissão editorial e editora convidada de vários jornais científicos. Tem livros publicados na área dos sistemas de informação e na área do e/b-Learning. Desenvolve diversas atividades de investigação no contexto da integração das Tecnologias WEB no Ensino Superior que resultam na publicação de diversos artigos científicos.



 

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