Nascida em pleno coração do Porto, na freguesia da Vitória, Amélia Caldeira está há 20 anos no ISEP. Os primeiros tempos foram árduos para a jovem que suscitava, então, dúvidas aos estudantes sobre a sua idade. No seu entender, o trabalho em equipa constitui um ingrediente essencial para a receita do sucesso. A docente do Departamento de Matemática destaca ainda a importância da história da instituição e, consequentemente, as marcas fortes que tem deixado na sociedade.
-Quando entrou no ISEP? E como recorda esses tempos?
Entrei no ISEP em janeiro de 1997. Recordo-me que foram tempos de muito trabalho e desafios. Na altura, o primeiro semestre estava já a terminar, pelo que lecionar em quatro cursos diferentes (Engenharia Informática, Engenharia Civil, Engenharia Eletrotécnica e Computadores e Engenharia Eletrotécnica – Sistemas Elétricos de Energia), foi um quanto árduo!
-O que mais a fascina naquilo que faz?
O sentir que ainda estou em processo de aprendizagem. Gosto de acompanhar o desenvolvimento dos estudantes com quem lido diariamente, tanto a nível de conhecimento matemático, mas também pessoal. Penso que um bom ambiente torna as atividades de ensinar e aprender mais simples. Aprecio a troca de ideias e partilha de experiências com os meus colegas e o trabalho – de excelência – que desenvolvo com a equipa do Departamento de Matemática do ISEP.
-Quer partilhar algum episódio caricato passado no ISEP?
No primeiro ano em que trabalhei no ISEP, um grupo de estudantes fazia apostas relativamente à minha idade: mais de 26 anos, ou menos.
-Qual a receita para lidar com a azáfama do quotidiano?
Essa receita ainda não tenho, mas talvez seja a de ir dando prioridade aquilo que é mais importante. Contudo, não nos devemos esquecer das tarefas menos importantes, senão tiveram também a sua prioridade, nunca serão executadas.
-Qual o segredo para o sucesso?
Gostar do que se faz e dar sempre o em melhor em tudo, incluindo todos os projetos que se abraça. Também sou da opinião que trabalhar com uma boa equipa, com pessoas competentes, criativas e dinâmicas, pessoas que façam a diferença, é fundamental para o sucesso. Convém, usar os trunfos e talentos de cada um. Citando Michael Jordan: “O talento vence jogos, mas só o trabalho em equipa ganha campeonatos.”
-Que aspetos diferenciam o ISEP?
O ISEP é uma escola de engenharia com uma longa história e com bases fortes na sociedade. Não é raro ouvirmos os nossos estudantes dizerem: “O meu pai estudou aqui. A minha mãe estudou aqui!” Isto é um indicador muito importante da confiança que a sociedade tem no ISEP. É uma instituição de referência que, através do conhecimento e da tecnologia, habilita os seus estudantes com a competência de “Saber fazer” no mercado de trabalho.
-Qual o melhor canto e recanto desta casa?
Os espaços verdes espalhados pelo ISEP e, claro, o meu gabinete. O Museu do ISEP onde existem várias peças e documentos, que permitem recuar no tempo e espreitar o modo como se ensinava antigamente. Além disso, lá pode-se perceber que o ISEP é uma escola em constante evolução e transformação. Na minha opinião, o Meeting Point (cantina), é também um sítio muito agradável para os estudantes.
-Uma ideia para crescermos mais?
A troca de ideias e experiências com outras escolas, nacionais ou internacionais, é fundamental para o nosso crescimento.
-Houve algum membro do ISEP que a tivesse marcado? Porquê?
A engenheira Ana Bela Magalhães, sem dúvida, pela sua competência e frontalidade. Trabalhei com ela vários anos e fez-me crescer quer a nível profissional, quer a nível pessoal.
Perfil
Cinema: “A Canção de Lisboa”, filme realizado por José Cottineli Telmo. Também sou fã das trilogias o “Senhor dos Anéis” ou “The Hobbit”
Literatura: A minha escritora favorita é Agatha Christie. Mas tenho que mencionar a obra “Cisnes Selvagens”, de Jun Chang, por ter uma mensagem forte
Música: Gosto de canções como “Porto Sentido”, de Rui Veloso, e de “Porto, Vinho e Lugar” da TAISEP; quanto a bandas aprecio James, U2, Queen, Keane, Coldplay ou Muse.
Lazer: Conviver com amigos e família
Desporto: Basquetebol; como equipas o Guifões Sport e Clube e o FC Porto
Se pudesse mudar o mundo: Seria um passo importante as pessoas não olharem tanto para o seu umbigo e pensarem mais em quem as rodeia
Filosofia de vida: Ser feliz
ISEP numa palavra: Grande
A rubrica SOMOS ISEP pretende dar a conhecer alguns dos rostos que integram a nossa comunidade. Sendo muito mais que uma instituição de Ensino Superior, o ISEP é também uma segunda casa para milhares de pessoas. Estudantes, docentes e colaboradores enriquecem diariamente o Instituto. Este novo espaço destina-se, assim, a cada um dos membros da família ISEP.