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Engenharia 12.0: Engenharia Biomédica
04-08-2017

A Engenharia Biomédica é uma área nova que integra princípios, métodos e ferramentas das ciências, da tecnologia e da engenharia para analisar e resolver problemas em medicina e biologia. Com esta Licenciatura, o ISEP oferece aos seus formandos a possibilidade de usufruírem de um conjunto de parcerias com empresas e/ou instituições de renome, incluindo diversos centros hospitalares. Para além disso, o curso beneficia do facto de ser lecionado em colaboração com a Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto, facto que resulta numa maior multidisciplinariedade, bem como numa melhor articulação com a área das Ciências da Vida. “Escolham um curso para o qual se sintam verdadeiramente motivados e que inclua saídas profissionais em que se imaginem, num futuro, a trabalhar com prazer”, aconselha a diretora do curso, Cristina Ribeiro.

-Porque é que os estudantes de engenharia e tecnologia devem escolher o ISEP?

O ISEP é uma escola de referência e com tradição secular na área da Engenharia. Trata-se de uma instituição que procura a excelência e a melhoria contínua das suas atividades, em particular nas áreas de formação, de investigação e transferência aplicada da tecnologia e do saber. É um Instituto em que se sente a preocupação constante pelo bem estar das pessoas que a integram e em que se promove o património cultural e científico, bem como a responsabilidade social.

-A Licenciatura em Engenharia Biomédica é uma excelente opção. Quais as suas principais mais-valias?

A área da Engenharia Biomédica, é socialmente de grande relevância dado contribuir para o melhoramento da qualidade de vida do ser humano. A tecnologia aplicada à saúde tem desempenhado um papel de extrema importância nos últimos anos. Os recentes desenvolvimentos científicos e tecnológicos na área da saúde e dos cuidados médicos têm vindo a alargar, cada vez mais, o espaço para engenheiros com formação multidisciplinar, como a que possui um engenheiro biomédico, capazes de intervir criativamente nas tecnologias biomédicas do futuro. O ciclo de estudos em Engenharia Biomédica tem como objetivo proporcionar uma formação interdisciplinar e que resulta de uma parceria entre vários domínios da engenharia e das ciências da vida. Um licenciado em Engenharia Biomédica deverá ser capaz de integrar as suas competências de Engenharia com o entendimento da complexidade dos sistemas biológicos, por forma a melhorar a prática médica e clínica. O curso é lecionado com a colaboração da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto, o que permite disponibilizar aos estudantes, para além das valências multidisciplinares de Engenharia, as das Ciências da Vida, também exigidas na formação de um Engenheiro Biomédico. A componente de trabalho experimental e projeto, é fortemente explorada e incentivada ao longo do curso. Privilegiam-se as aulas de laboratório com as quais se pretende que o estudante saiba aplicar os conhecimentos e capacidades de compreensão adquiridos, na implementação de projetos e execução de tarefas. É incentivada a aprendizagem do estudante com elevado grau de autonomia e desenvolvidas competências de trabalho em equipa, de comunicação e relações interpessoais.  Estão criadas também as condições para o envolvimento dos alunos em atividades de I&D, assegurada pela afectação ao Curso de docentes que estão integrados em grupos e institutos de investigação de excelência com que o ISEP colabora na área da Engenharia Biomédica, nomeadamente, INEB-I3S, CINTESIS, REQUIMTE.  O plano de estudos da Licenciatura apresenta como uma das suas mais valias a realização de um Projeco/Estágio, a desenvolver no 3º ano, que decorre preferencialmente em Instituições (hospitais, clínicas, centros de saúde…), empresas na área da saúde ou institutos de investigação, com vista a permitir aos estudantes adquirir experiência através do contacto com um ambiente de trabalho real e aplicar de forma prática os conhecimentos adquiridos ao longo do curso.

-O que podem os estudantes esperar por parte do corpo docente do ISEP?

Em termos gerais, um corpo docente empenhado, com excelente formação científica e técnica. É de destacar também a acessibilidade e disponibilidade dos docentes para trabalhar verdadeiramente em equipa com os alunos.

-A engenharia é uma área com forte empregabilidade. Que saídas profissionais os estudantes podem adotar?

Os objetivos especifícos da Licenciatura são os de formar diplomados com competências para: aplicar conhecimentos no domínio da eletrónica e computação na Instrumentação Médico-Hospitalar; gerir informação médica em redes de computadores e software de apoio aos sistemas de saúde em geral; conceber e desenvolver sistemas de monitorização de sinal biológico; conceber e desenvolver Dispositivos Médicos (biosensores, implantes…); desenvolver sistemas de Processamento de Imagem Médica; apoiar tecnicamente na vertente eletrónica da Instrumentação Médica; gerir sistemas de segurança, manutenção e controlo de qualidade de equipamento médico; apoiar computacionalmente as atividades clínicas e médico-hospitalares; ou realizar investigação aplicada na área da Engenharia Biomédica, entre outros.

-Há parcerias com empresas de renome? Se sim, quais?

Sim. No âmbito dos trabalhos de Projeto/Estágio têm sido estabelecidas várias parcerias com empresas/instituições de renome na área da Saúde, nomeadamente: Centro Hospitalar do Porto, Centro Hospitalar Póvoa de Varzim- Vila do Conde, Centro Hospitalar S. João, Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, Hospital Pedro Hispano, Instituto Português de Oncologia,  Instituto Ricardo Jorge, Grupo Trofa Saúde, Fraunhofer Portugal, ORO Clinic Foz,  HealthyRoad, Glintt Healthcare Solutions, Grupo Trofa Saúde, ATM- Manutenção Total, Instituto de Engenharia Biomédica (INEB), Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), entre outras.

-Com este curso os estudantes têm acesso a oportunidades de internacionalização?

Sim, uma vez que são várias as redes de cooperação nacional e internacional em que o ISEP participa, com empresas e outras instituições, com vista ao establecimento de parcerias para a formação, a investigação, o desenvolvimento e a inovação científica e tecnológica. No âmbito dos programas de mobilidade existentes, os alunos podem também realizar um ou mais semestres do curso, em inúmeras instituições estrangeiras com que o ISEP tem protocolos de colaboração.

-Para rematar, que conselhos gostaria de dar a quem está prestes a ingressar no Ensino Superior?

Que escolham um curso para o qual se sintam verdadeiramente motivados e que inclua saídas profissionais em que se imaginem, num futuro, a trabalhar com prazer. Trabalhar é preciso e é muito gratificante se fazemos o que gostamos! Que não desanimem caso não consigam entrar na 1ª opção que pretendem, pois há vários caminhos alternativos possíveis para atingir o mesmo fim. Que depois de entrarem no curso que escolheram tenham a preocupação constante de aprender verdadeiramente mais do que “passar às cadeiras”. Que aproveitem bem as aulas na perspetiva de usufruírem da partilha de saber que alguém que detém mais conhecimento num assunto (o professor) possibilita. Que agarrem todas as possibilidades de formação que vos sejam disponibilizadas (conferências, palestras, estágios, etc...). Que não descurem as relações interpessoais e criem ao longo do vosso percurso académico, para além de fortes relações de trabalho, amizades verdadeiras. E que enquanto estudantes se divirtam o mais possível, com responsabilidade.

BI DA DIRETORA DE CURSO

Cristina Ribeiro é licenciada em Engenharia Metalúrgica, Mestre em Engenharia de Materiais e doutorada em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). É professora adjunta do Departamento de Física do ISEP, é Diretora do Curso de Licenciatura em Engenharia Biomédica desde 2016 e Diretora do Curso de Licenciatura em Engenharia de Computação e Instrumentação Médica desde 2007, é membro efetivo do Conselho Pedagógico do ISEP desde 2014 e membro do Conselho Técnico Científico do ISEP desde 2016. É membro da Direção do Instituto de Engenharia Biomédica (INEB), desde dezembro de 2012. É investigadora no INEB e no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S) no grupo “Microenvironments for New Therapies”. Participou em diversos projetos de investigação (dois como responsável), tem várias publicações relevantes na área dos Biomateriais e supervisionou vários trabalhos científicos. Fez parte da organização de múltiplos encontros científicos nacionais e internacionais.