Investigação

Alumnus ISEP trabalha em dispositivos para diagnóstico do Alzheimer
15-12-2017

Felismina Moreira, de 39 anos, licenciou-se em Engenharia Química pelo ISEP. Atualmente, assume as funções de investigadora de Pós-Doutoramento no BioMark/Sensor Research.

O ISEP é reconhecido nacional e internacionalmente pela sua tradição e qualidade no ensino de engenharia. No entanto, a instituição tem vindo a afirmar-se, cada vez mais, na área da investigação científica. Felismina Moreira representa, precisamente, a competência do Instituto em promover formação de qualidade ao nível de potenciais investigadores. “Possuo uma boa capacidade de adaptação e resiliência, pelo que normalmente avanço para novos projetos sem receio. Penso que estas caraterísticas se devem à forte componente laboratorial do curso de Engenharia Química do ISEP, em que sempre foi exigido aos estudantes um elevado grau de autonomia e versatilidade por parte dos docentes”, confessa.

Após terminar a Licenciatura, Felismina seguiu outro rumo e abraçou novas experiências. Determinada a fazer a diferença, a antiga estudante do ISEP ganhou uma bolsa de Doutoramento financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), tendo-se especializado em Química Sustentável. O seu projeto de Doutoramento culminou na inclusão de várias publicações da sua autoria em revistas especializadas internacionais. Mas não se ficou por aqui e prosseguiu para Pós-Doutoramento. Com efeito, está atualmente a trabalhar como investigadora no BioMark/Sensor Research (grupo de I&D do ISEP), em colaboração com o Departamento de Química e Engenharia Biomédica do Imperial College London e o Centro de Biologia Molecular (Universidade de Aveiro).

“As minhas responsabilidades passam pelo desenvolvimento de um dispositivo autónomo com base em células de biocombustíveis enzimáticas para o diagnóstico da doença de Alzheimer e pela coorientação de trabalhos laboratoriais de estudantes de Licenciatura, Mestrado e Doutoramento”, explica Felismina Moreira. A investigadora é, assim, especializada na área dos biossensores eletroquímicos através do uso de novos materiais, principalmente sintéticos, para o reconhecimento de uma ampla gama de analíticos alvo. É caso para dizer, portanto, que está no sítio certo, ou não fosse o BioMark/Sensor Research uma referência nesta área de conhecimento científico.

Do que mais tem saudades dos tempos de estudante? A resposta é curta e concisa: “Do companheirismo que sempre houve entre os colegas.  E dos tempos em que fazia noitadas nas salas do edifício H a estudar para exames.” Não obstante a responsabilidade dos estudos, Felismina conseguia marcar presença nas várias festas académicas, em que partilhou momentos “de grande diversão” com os amigos. Hoje com 39 anos, e olhando para trás, a investigadora reconhece que as tecnologias tornaram tudo um pouco mais fácil. “Eu e uma colega de curso fizemos na altura, praticamente, uma direta para terminar um relatório para uma disciplina de laboratório. Cheguei ao ISEP, a disquete avariou… Tive que apanhar o comboio de volta para Penafiel e copiar o trabalho que estava no computador de casa”, graceja.

Com um visível orgulho por continuar a pertencer à comunidade ISEP, Felismina Moreira endereça elogios a uma personalidade bem conhecida da casa: “Estou grata à Professora Goreti Sales, trabalhamos juntas há 11 anos e é, sem dúvida, uma referência para mim, devo-lhe muito. Considero-a uma mentora, amiga e um exemplo a seguir.” Para rematar, deixa também uma mensagem aos estudantes do Instituto. “Desejo-vos muito sucesso e acreditem que o ISEP foi uma ótima opção!”, salienta