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APLICAÇÃO DO EPANET 2.0 A REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
31-07-2014

Ao nível do aproveitamento de novas tecnologias e materiais em projetos de construção, no compromisso com a reabilitação urbana, na integração ambiental e gestão da sustentabilidade ou em áreas clássicas, o Instituto Superior de Engenharia do Porto tem ajudado a desvendar oportunidades para a competitividade e renovação do setor.

O dinamismo que o ISEP tem demonstrado no cruzamento de aspetos emergentes e tradicionais da engenharia civil explica a sua crescente atratividade para estudantes estrangeiros. O mestrado em Engenharia Civil mantém um protocolo de dupla titulação com a Universidade Presbiteriana Mackenzie, abrindo o mercado brasileiro aos diplomados portugueses. Do lado europeu, o caso das estudantes espanholas Aranzazu López, Elvira Molina e Lucia Ruigómez ilustra também o interesse de uma dupla titulação ibérica, que estende o reconhecimento académico a um mercado de 58 milhões de habitantes.

As três diplomadas em Arquitetura Técnica pela Universidade Politécnica de Madrid (UPM) tinham realizado uma mobilidade Erasmus no ISEP em 2012/13 e decidiram regressar ao Porto para obter a licenciatura em Engenharia Civil, após um processo de equivalências inédito no Departamento de Engenharia Civil, realizado por Ricardo Santos coordenador Erasmus. Recentemente, defenderam o seu projeto final: “Aplicação do EPANET 2.0 a Redes de Distribuição de Água”, desenvolvido para a unidade curricular de Projeto Integrado.

O projeto das três estudantes ibéricas «aproveita o software desenvolvido pela Agência de Proteção Ambiental norte-americana (U. S. Environmental Protection Agency) para abordar o desenvolvimento de uma rede de abastecimento de água potável para um loteamento do Grande Porto», descreve Maria de Fátima Portela, diretora da licenciatura em Engenharia Civil.

«Esse loteamento urbano compreendia uma área residencial, um conjunto de áreas verdes, desportivas e de lazer, uma área cultural e uma outra destinada a complexos industriais, tendo as estudantes começado por avaliar as necessidades desta comunidade, além de todo um conjunto de soluções de traçado e de escolha do material das tubagens. A utilização do software permitiu efetuar uma modelação hidráulica da rede e analisar diversas situações, como, por exemplo, a atuação de combate a incêndios», informou Tiago Abreu, professor do ISEP que orientou o projeto.

«O EPANET demonstrou ser uma ferramenta eficaz e facilitadora no que concerne à modelação hidráulica da rede, mas gostaria sobretudo de destacar a qualidade do trabalho das três estudantes do ISEP, cujo estudo é um exemplo da capacidade de renovação e de modernização da engenharia civil», destaca Tiago Abreu.

«Embora já tivessem uma boa formação de uma prestigiada escola como a UPM, o facto de terem regressado ao ISEP, depois de uma primeira experiência de mobilidade, atesta a reputação que o Instituto Superior de Engenharia do Porto tem conquistado além-fronteiras. E neste caso, em particular, na área engenharia civil, cujas licenciatura, mestrado e pós-graduações têm apresentado um corpo docente, equipamentos e planos de estudo muito competitivos para formar e especializar profissionais para os setores da construção e reabilitação», remata a diretora da licenciatura.

Licenciatura em Engenharia Civil