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Somos ISEP: Pedro Martins
18-10-2019

Pedro Martins frequentou a licenciatura em Engenharia Biomédica no ISEP, onde permanece como estudante do 2.º ano do mestrado em Engenharia de Computação e Instrumentação Médica. Já começou a dar o seu contributo para a inovação na área da saúde através do desenvolvimento do PressiONE, um equipamento que avalia a sensibilidade cutânea à pressão em doentes diabéticos. Perfecionista, leal e pragmático, gosta de correr ou caminhar nos seus tempos livres e de se dedicar à bricolage.

- Porque escolheste o ISEP?

Na verdade, ingressei no Politécnico do Porto ainda na antiga ESEIG e, posteriormente, a licenciatura em Engenharia Biomédica transitou para o ISEP. Decidi continuar no ISEP como estudante no mestrado em Engenharia de Computação e Instrumentação Médica. Foi uma escolha fácil pois a forte componente prática que o ISEP induz nos seus alunos cativou-me. Ter aptidão para mexer em “coisas” e fazer “coisas” é o que se espera de um engenheiro!

- Como recordas os primeiros tempos no Instituto?

Como fiz uma interrupção de 16 anos e depois voltei a estudar. A adaptação foi gradual, pois, entretanto, muita coisa mudou. Mas lembro-me sobretudo da relação (pela positiva) e interação com os colegas de turma, tendo em conta a diferença de idades. Aprendi bastante.

- Desenvolveste o projeto PressiONE no último ano da licenciatura. Como surgiu a ideia?

O PressiONE é um equipamento inovador para avaliar a sensibilidade cutânea à pressão em doentes diabéticos, e não só. A ideia inicial foi proposta pelo docente Luís Coelho e prontamente aceite por mim, pois tenho familiares com a doença da diabetes. Durante o contacto com alguns profissionais de saúde, fui-me apercebendo que este equipamento era uma necessidade real no procedimento do rastreio ao Pé Diabético e tinha mesmo de ser criado um protótipo funcional. Embora esteja consciente do longo caminho que tenho pela frente, esta poderá ser uma grande oportunidade para o meu desenvolvimento profissional na área.

- Gostavas de seguir o caminho da investigação? Porquê?

De facto, é uma opção que tenho vindo a considerar, pois sempre tive interesse por novas descobertas. A engenharia fez-me tomar o gosto pela análise de uma determinada necessidade e pelo desenvolvimento de uma solução.

- A nossa sociedade está a tornar-se cada vez mais multidisciplinar. Se pudesses aliar um ou mais cursos ao teu, quais seriam?

Acho que aliaria algum curso da área da Psicologia, Antropologia ou Etiologia Animal.

- Qual é o teu maior sonho e maior medo?

O meu maior sonho era viver infinitamente com uma boa integridade física e intelectual, num planeta habitável e mais justo para todos, junto das pessoas que mais gosto. O meu maior medo é a força e poder de decisão que se está a conceder a determinados políticos que apenas ostentam o poder e nada mais.

- Numa palavra, o que significa o ISEP para ti?

Mudança.

- Que mensagem gostavas de deixar aos novos alunos do ISEP?

Sobretudo que aproveitem bem os conselhos dos seus professores e as oportunidades que o ISEP lhes vai proporcionando. Durante o percurso académico surgem sempre muitas oportunidades que, se forem bem “agarradas”, podem ser o nosso futuro. Basta estarem atento!