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SOMOS ISEP: Francisco Gomes da Silva
08-11-2016

Francisco Gomes da Silva, de 53 anos, é natural do Porto e leciona no ISEP há mais de uma década. Atualmente, é diretor do Mestrado em Engenharia Mecânica e confessa-se fascinado pelo seu trabalho, sobretudo por acompanhar a evolução dos seus estudantes. No seu entender, a instituição tem crescido muito, pelo que não hesita ao definir o ISEP numa palavra: “Qualidade.”

-Quando entrou no ISEP? E como recorda esses tempos?

Entrei no ISEP como estudante em 1983 e como docente em dezembro de 1995. Naquela altura, o ISEP era bastante diferente: o número de estudantes e docentes era mais reduzido; as pessoas conheciam-se melhor porque o meio era mais restrito; as instalações eram menores e os meios disponíveis eram mais escassos e antiquados. Decididamente, a evolução é algo que tem passado pelo ISEP.

-O que mais o fascina naquilo que faz?

Tudo! Mas ter a hipótese de ver os estudantes evoluir durante o seu percurso académico e poder investigar determinados temas, escrever sobre os mesmos e sentir a utilidade do que se escreve – através de citações ou consultas do nosso trabalho –, são talvez os fatores que mais me fascinam. Sem dúvida, o convívio com os estudantes faz-me esquecer que a idade avança a um ritmo avassalador.

-Quer partilhar algum episódio curioso passado no ISEP?

Quando fui sujeito a entrevista para ser admitido no ISEP, em 1995. Tratou-se, para mim, de um episódio hilariante e que exigiu alguma concentração e domínio acima do habitual.

-Qual a receita para lidar com a azáfama do quotidiano?

Costumo estabelecer prioridades e tentar antecipar necessidades. Mesmo assim, não é fácil.

-Qual o segredo para o sucesso?

Trabalhar de forma séria e empenhada, encarando a função como uma missão. A abstração relativamente ao salário, progressão na carreira e reconhecimento do nosso trabalho, são também fatores essenciais.

-Que aspetos diferenciam o ISEP?

A qualidade do ensino praticado e do corpo docente; a organização que, apesar de melhorável, é significativamente melhor do que em muitas outras instituições; e a componente prática no ensino que, não obstante algumas exiguidades de recursos, é bastante boa. No entanto, a proximidade entre docentes e estudantes é, provavelmente, um dos fatores mais fortes nesta diferenciação para com as outras instituições congéneres.

-Qual o melhor canto e recanto desta casa?

Gosto imenso dos Laboratórios, porque é possível conjugar a arte de ensinar com a de experimentar. Também aprecio o Auditório E, onde acontecem eventos importantes para o Instituto. Destaco ainda a Sala de Reuniões do Edifício E, devido às suas particularidades, configuração e dimensão.

-Uma ideia para crescermos mais?

Precisamos de estabelecer parcerias que, para além do protocolo, sejam efetivamente parcerias. É necessário também que se façam mais investigações com desenvolvimentos notórios para a comunidade e que se incremente a ligação com os Alumni. Além disso, é importante aumentar as Pós-Graduações com verdadeiro mercado e dar um maior reconhecimento ao trabalho desenvolvido por alguns docentes e outros colaboradores, entre outras ações. Porém, não se deve perder da memória o forte crescimento que o ISEP teve na última década e o reconhecimento nacional que merece nesta altura, fruto de um trabalho bem estruturado dos principais organismos do ISEP e da colaboração da maior parte dos nossos colegas, independentemente da sua função.

-Houve algum membro do ISEP que o tivesse marcado? Porquê?

Não consigo particularizar, contudo alguns dos meus antigos docentes contribuíram de forma decisiva para aquilo que sou hoje.

Perfil

Cinema: “The Bridges of Madison County” (filme), Meryl Streep (atriz) e Clint Eastwood (ator/realizador)

Literatura: “Equador” de Miguel Sousa Tavares e “Esteiros” de Soeiro Pereira Gomes

Música: “Bad to the bone” (álbum) de George Thorogood

Viagem de sonho: Atravessar os Estados Unidos de América por estrada

Gastronomia: Polvo à lagareiro ou bacalhau com broa

Lazer: Viajar e fotografar

Desporto: Futebol e o SL Benfica

Se pudesse mudar o mundo: Tentaria incrementar drasticamente a educação de base das pessoas, principalmente as mais desfavorecidas

Filosofia de vida: Valorizar ao máximo as coisas positivas e aprender com os erros

ISEP numa palavra: Qualidade

A rubrica SOMOS ISEP pretende dar a conhecer alguns dos rostos que integram a nossa comunidade. Sendo muito mais que uma instituição de Ensino Superior, o ISEP é também uma segunda casa para milhares de pessoas. Estudantes, docentes e colaboradores enriquecem diariamente o Instituto. Este novo espaço destina-se, assim, a cada um dos membros da família ISEP.