Outro

Um investigador formado no ISEP à conquista de Amesterdão
01-12-2017

Bruno Vieira, de 29 anos, é licenciado e mestre pelo ISEP em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores. Em Amesterdão, está agora a tirar um Doutoramento relacionado com os tratamentos de radioterapia para doentes oncológicos.

Amesterdão é um dos destinos europeus de eleição. Conhecida como a cidade da tolerância, dos canais e das bicicletas, esta é também a nova casa de Bruno Vieira. Natural de Valongo, e mestre em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores – Sistemas e Planeamento Industrial pelo ISEP, está atualmente a tirar um Doutoramento no Departamento de Radioterapia do Netherlands Cancer Institute – Antoni van Leeuwenhoek. “A forma prática e pragmática de lecionar no ISEP foi crucial para a definição do meu perfil como investigador”, sublinha.

O projeto de Doutoramento de Bruno tem como principal objetivo a diminuição dos tempos de espera dos pacientes pelo início do tratamento, contando com o apoio do Center for Healthcare Operations Improvement and Research (um grupo de I&D baseado na Universidade de Twente). Mas como é que tudo começou? Antes da Holanda, o jovem português destacou-se ainda como estudante no ISEP devido à publicação de um artigo científico numa revista internacional de prestígio, bem como à participação em várias conferências. Mas foi no INESC TEC, no  Centro de Engenharia e Gestão Industrial (CEGI), sediado no Porto, que deu os primeiros sinais de uma potencial carreira de sucesso.

Olhando para trás, é com muita nostalgia que Bruno Vieira recorda o seu percurso académico no ISEP, onde estudou desde a Licenciatura até ao Mestrado. “Tive colegas com quem partilhei momentos inesquecíveis e que agora considero como os meus ‘camaradas de tropa’”, conta. No entanto, as saudades não se restringem apenas aos amigos das salas de aulas, mas também aos docentes: “Estudar no ISEP permitiu-me desenvolver várias competências técnicas e transversais. Mas, de longe, destaco a Professora Ana Viana, que me deu as bases para a área de investigação operacional. Foi e continua a ser uma inspiração para mim!”

O jovem doutorando deve também ao ISEP o despertar do gosto de aventura e o desejo de conhecer outras culturas. De facto, foi através do Instituto que abraçou de peito cheio as suas primeiras experiências de mobilidade internacional. Apesar da falta que sente da comida e do bom tempo português, Bruno mostra-se satisfeito pela sua ‘nova’ vida no país das tulipas. “Estou a adorar viver em Amesterdão! É uma cidade fantástica, que sem ser gigante e sobrelotada como Londres ou Paris, consegue ter uma multitude de lugares e eventos incrível”, assevera. Na verdade, a adaptação revelou-se muito fácil e, embora os holandeses sejam no seu entender “mais frios e distantes que os portugueses”, travou amizade tanto com habitantes locais como com outros emigrantes.

Sem vontade de regressar, pelo menos para já, e com o ISEP no coração, o investigador português deixa um conselho a todos os atuais estudantes do Instituto: “É um pouco cliché, mas se não se sentirem motivados no curso que frequentam, mudem. Às vezes, há outros cursos que se adequam mais ao nosso perfil e que nos preenchem mais. Outra dica: façam uma mobilidade internacional, seja pelo programa ERASMUS, ou outro. Acreditem, isso abrirá imensas portas de futuro e farão amigos para a vida!”