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O futuro constrói-se cada vez mais no feminino
08-03-2017
O futuro constrói-se cada vez mais no feminino

Desde 1852, o ISEP assume-se como uma referência no ensino em Engenharia. Pela instituição já passaram inúmeras gerações de mulheres. Atualmente, são cerca de 17 por cento as estudantes do sexo feminino, sendo que os números tendem a aumentar. Só nos últimos três anos letivos, o Instituto formou mais de 600 engenheiras.

Longe da quase exclusividade masculina nas salas de aula e no mundo laboral, o cenário contemporâneo apresenta-se muito mais heterogéneo. Desde o staff, onde confluem outros saberes, à docência e discência, centenas de mulheres trabalham afincadamente para a afirmação do ISEP em contexto nacional e além-fronteiras.

Engenharia, paixão incondicional

Movidas pela paixão e a lógica do raciocínio, o amor pela Engenharia supera qualquer receio de afirmação profissional que ainda possa existir. “Senti que era um desafio ingressar num curso ‘tradicionalmente’ masculino e que a Engenharia Civil, permitiria satisfazer o meu gosto pela Ciência, abrindo a possibilidade de múltiplos percursos profissionais”, destaca Fátima Silva, que está há 18 anos a trabalhar no Departamento de Engenharia Civil.

Na verdade, há alguns domínios da Engenharia que historicamente são mais associados aos homens. No entanto, esse contexto em nada deve ser deflector na hora de cada mulher consumar o seu sonho. “Entrei no ISEP, em 1989, imediatamente a seguir a ter estado na África do Sul, na área de Engenharia de Minas, que sempre foi um pouco complicada para as mulheres”, revela a Vice-Presidente, Joana Sampaio.

Por sua vez, Marta Ferreira confessa também que nunca se sentiu ludibriada pela presumível preponderância da presença masculina no seu meio. “Antes pelo contrário, sinto que cada vez mais o papel da mulher é fundamental para a gestão de empresas, ocupação de cargos de chefia e liderança”, declara a recém-mestre em Engenharia Civil – ramo de Construções, a trabalhar já na empresa onde estagiou recentemente.

De facto, desde o dia 8 de março de 1857, em que cerca de 130 mulheres tecelãs morreram na reivindicação dos seus direitos, muita coisa mudou. A sociedade em geral percorreu um longo trilho em prol da igualdade de géneros. Hoje, em pleno século XXI, as gerações mais jovens, como a de Catarina Ricardo (estudante do 1.º ano da Licenciatura em Engenharia Química), cresceram numa realidade totalmente diferente.

“Penso que há uns anos existia uma maior desigualdade. Talvez, por haver aquele conceito de que os homens são mais dotados para Matemática e as mulheres para as Letras. Porém, julgo que esse pensamento já foi posto de parte, uma vez que há cada vez mais mulheres a concorrer para cursos de Engenharia e, principalmente, a destacarem-se!”, salienta a jovem de 19 anos.

A Engenharia de qualidade faz-se assim com a dedicação e trabalho de todos os homens e mulheres. As possibilidades são imensas, abrangendo uma multiplicidade de áreas como, por exemplo, informática, robótica, telecomunicações, geotécnica, química, física, indústria ou saúde, entre outras. Cada engenheiro e engenheira pode e deve fazer a diferença. ISEP, uma casa com tradição e futuro!