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Nuno Melo analisa os desafios atuais da “Cibersegurança” no ISEP
18-11-2016
Nuno Melo analisa os desafios atuais da “Cibersegurança” no ISEP

O eurodeputado Nuno Melo vai estar presente na 6.ª conferência do ciclo “Engenharia em Movimento, a decorrer no Auditório Magno do Instituto Superior de Engenharia do Porto, no dia 28 de novembro, pelas 17 horas. Dedicada ao tema “Cibersegurança”, a iniciativa contará com um painel de nomes influentes e especialistas na área.

Num contexto de vertiginosa evolução tecnológica, e em que se têm multiplicado os ataques cibernéticos a particulares, empresas e instituições públicas, interessa perceber aquilo que está a ser feito para prevenir e minorar eventuais danos. Deste modo, entende-se o cada vez mais aceso debate entre os órgãos decisores políticos, tanto a nível nacional como internacional.

Em Portugal e na Europa, como está a ser encarado o cibercrime? Que medidas poderão ser implementadas na própria legislação? Estas e outras questões serão alvo da intervenção de Nuno Melo: “Cibersegurança: Desafios Atuais”. O deputado, que integra o Grupo do Partido Popular Europeu, vai apresentar no ISEP algumas das principais alíneas que compõem a nova diretiva europeia sobre segurança das redes e dos sistemas de informação (Network and Information Security – NIS, na sigla em inglês).

A NIS – que foi aprovada pela Comissão Europeia no verão passado – constitui-se como um dos primeiros grandes passos da União Europeia (UE) no que à cibersegurança diz respeito. Assim sendo, o principal objetivo é incrementar os níveis de preparação de cada Estado-membro, bem como as suas capacidades de resposta em casos de pequenas e graves falhas cibernéticas.

A diretiva europeia pretende, acima de tudo, criar critérios comuns que norteiem a ação dos vários países, criando linhas de entreajuda e eliminando fronteiras no que concerne à resolução de problemas. Setores críticos como energia, transportes, saúde e finanças são, sem dúvida, os mais visados pela NIS, pelo que a prioridade passa pela proteção dos seus sistemas e dados.

Entre as medidas a adotar constam, por exemplo, as seguintes: cada Estado-membro deverá criar uma autoridade nacional competente que assuma a responsabilidade da diretiva, assegurando que o programa funciona corretamente e em conformidade com as estratégias e planos de cooperação definidos internacionalmente; é obrigatório a troca e partilha de informações das entidades nacionais responsáveis com as congéneres europeias; os operadores dos setores críticos terão que cumprir requisitos definidos pelo projeto de Segurança de Informação e Redes e reportar todos os incidentes com impacto significativo; entre outros.

A UE atribuiu um prazo de 21 meses para que todos os países, nos quais se inclui Portugal, consigam proceder à transposição da NIS para as respetivas legislações nacionais. Além disso, é necessário que os organismos responsáveis identifiquem os operadores de serviços críticos. Desta forma, os órgãos decisores europeus mostram que estão atentos aos mais recentes desafios do mundo virtual, de tal ordem que já foi anunciado um investimento de 450 milhões de euros para a cibersegurança até 2020.

Nuno Melo abordará estes e outros desafios que se impõem à sociedade digital atual. Sendo a segurança informática um tema cada vez mais em voga, o ISEP pretende oferecer a todos os interessados uma reflexão profunda e facilmente percetível sobre o assunto. Para além do eurodeputado português, outras intervenções merecem igualmente destaque, nomeadamente: “O Desafio da Privacidade e da Segurança da Informação nas Sociedades Abertas” por Rodrigo Adão da Fonseca e “Cibercrime: Consequências nas Pessoas e nas Empresas”, da responsabilidade do inspetor Alvim Braga, da Polícia Judiciária.

O ciclo “Engenharia em Movimento”, promovido pelo ISEP, afirma-se a cada evento que passa como uma aposta ganha por parte da instituição. Os temas privilegiados são sempre atuais e focam os mais variados aspetos correlacionados com a engenharia. Ao longo de cinco conferências, o Instituto já acolheu mais de 1500 participantes, desde membros da comunidade académica, a representantes políticos e de empresas privadas.

INSCRIÇÕES

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