O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) – grupo de investigação do qual o ISEP é parceiro – está atualmente a desenvolver um conjunto de 4 de projetos que ascendem à significativa quantia de cerca de 20 milhões de euros. O principal objetivo passa por criar e investir em tecnologias ligadas ao mar até 2018.
Este avolumar de financiamentos para projetos correlacionados com o mundo marítimo justifica-se, sobretudo, pela eventual Extensão da Plataforma Continental Nacional. De momento, o pedido está a ser analisado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e poderá fazer com que o País cresça até aos quatro milhões de km2. Neste contexto, entende-se que as reais necessidades de Portugal no domínio do mar possam a vir a ser alteradas em breve, pelo que urge apostar, cada vez mais, na busca de novas soluções.
Assim sendo, o INESC TEC já arrancou oficialmente com o StrongMar, um novo projeto do qual é líder, contando para o efeito com diversos parceiros internacionais: Universitat de Girona (Itália); University of Aberdeen (Escócia); Heriot-Watt University (Reino Unido) e a NATO Science & Technology Organization. Além das entidades estrangeiras envolvidas, o INESC TEC também vai trabalhar lado a lado com o CINTAL (Centro de Investigação Tecnológica do Algarve).
“Aumentar as qualificações dos recursos humanos de investigadores portugueses ou a trabalhar em Portugal, aumentar o potencial científico e tecnológico, o investimento em I&D nacional, através da captação de financiamento europeus, ou contribuir para a exploração sustentável do potencial científico, tecnológico e económico do Mar são alguns dos objetivos do StrongMar”, explica o coordenador do Laboratório de Sistemas Autónomos (LSA) do INESC TEC/ISEP e docente do ISEP., Eduardo Silva
Uma centena de parceiros para ir mais longe
O professor do ISEP revela também: “Todos estes projetos fazem com que tenhamos uma rede de cem parceiros, com quem criamos sinergias para ir mais longe na investigação para o mar. Dos cerca de 60 milhões de euros que representam os 18 projetos, o INESC TEC absorve aproximadamente 20 por cento e é líder de quatro.”
Dos trabalhos de investigação a decorrer cinco são europeus de I&D, seis são nacionais de I&D, quatro são financiados pelo programa EEA Grants e três são projetos de capacitação científica ou infraestrutura. A par destas atividades, convém mencionar ainda a participação do INESC TEC em quadro redes de colaboração da área, europeias ou nacionais.
Até 2018, o INESC TEC estima ainda registar, só na área marítima, entre três a cinco patentes, proceder à realização de mais de 30 operações no mar, publicar cerca de 24 artigos em revistas internacionais especializadas, aumentar em dez o número de colaboradores por ano e ver aprovados mais projetos.