Investigação

PROJETO ISEP VAI AJUDAR A COMBATER O CANCRO
21-05-2015

Symbiotic é o nome do projeto europeu que pretende avançar uma solução de diagnóstico precoce do cancro. Desenvolvido por um consórcio internacional liderado por um grupo de investigação do ISEP, o Symbiotic cruza potencialidades da engenharia, nanotecnologia e bioquímica para propor um dispositivo integrado e de baixo custo.

Liderado pelo BioMark Sensor Research, um grupo de investigação do ISEP associado ao Center for Health Technology and Services Research (CINTESIS), este projeto de investigação propõe uma integração inovadora de biossensores elétricos, anticorpos plásticos e células de combustível para desenvolver um dispositivo de diagnóstico do cancro.

«A deteção precoce do cancro pode prevenir a sua evolução para estágios mais avançados, em cerca de 40% dos casos, tendo um grande impacto na prestação de cuidados de saúde e na sociedade», explica Lúcia Brandão, docente do ISEP e coordenadora do projeto.

Partindo desta ideia, o consórcio de investigadores propõe o desenvolvimento de biossensores elétricos autónomos, que abrirão novas possibilidades na análise biomédica, nomeadamente no campo dos biossensores aplicados à medicina.

Além da deteção «a monitorização da sua evolução face à terapêutica é também abordada no projeto. O Symbiotic propõe uma abordagem altamente inovadora com um possível grande impacto nas tecnologias de “point-of-care” e de avaliação de risco personalizado», acrescenta Goreti Sales, docente do ISEP e coordenadora do Biomark.

O projeto contempla medidas de exploração dos resultados que envolvem, por exemplo, a elaboração de um plano de negócios e o desenvolvimento de um protótipo comercial, dois anos após a conclusão do projeto.

O Symbiotic pretende ainda promover a formação de jovens investigadores e fortalecer a colaboração entre instituições europeias, através da troca de experiências e de conhecimentos.

Este projeto internacional liderado por investigadores do ISEP integra como parceiros a Universidade Nova de Lisboa/CENIMAT, Universidade de Aarhus/iNano, Imperial College of London e o Centro Tecnológico de Investigação Finlandês, tendo obtido um financiamento de cerca 3,4 milhões de euros da Comissão Europeia, no âmbito do Horizonte 2020.