O Instituto Superior de Engenharia do Porto associou-se à Escola Secundária dos Carvalhos para participar no Concurso de Ideias Ilídio Pinho. Esta iniciativa conjunta abre oportunidades aos jovens estudantes gaienses de interagirem com o mundo da ciência e inovação tecnológica. Os dois projetos idealizados em parceria já passaram uma fase de pré-aprovação e receberam financiamento para começarem a ser desenvolvidos.

“Pisar para Iluminar” e “Controlar para o Trigo Duplicar” são os dois projetos que o ISEP e a Escola Secundária dos Carvalhos submeter ao Concurso de Ideias Ilídio Pinho. «Esta iniciativa pretende mostrar aos alunos do 12º ano algumas das competências que podem desenvolver na licenciatura em Engenharia Eletrotécnica – Sistemas Elétricos de Energia. Outra mais-valia é o contacto com o mundo empresarial, já que o concurso promovido pela Fundação Ilídio Pinho tem um forte ligação às empresas», refere Judite Ferreira, diretora da licenciatura em Engenharia Eletrotécnica – Sistemas Elétricos de Energia.

No projeto “Pisar para Iluminar”, os alunos do 12º ano da E. S. dos Carvalhos vão construir um tapete acoplado a um gerador de corrente elétrica para a entrada de um prédio. Este tapete é acionado por quem entre no edifício e contribui para a produção de energia elétrica a partir da indução eletromagnética.

A tecnologia é passível de ser replicada na entrada de garagens ou passagens de animais, permitindo que os acessos de viaturas ou animais, por exemplo de uma exploração agropecuária também contribuam para a geração de energia.

O projeto pretende demonstrar como a inovação tecnológica pode contribuir reduzir a fatura energética, preservando recursos não renováveis e evitando um aumento da poluição.

O segundo projeto aceite ao concurso intitula-se “Controlar para o Trigo Duplicar” e desafia os finalistas da escola de Vila Nova de Gaia a construírem uma estrutura de cultivo alimentada a energia solar. Apontando à cultura do Trigo de Inverno, de reduzido fotoperíodo e que requer inicialmente baixas temperaturas para se desenvolver, o projeto ambiciona apoiar a produção de duas colheitas por ano. A energia solar terá um papel relevante para manter as condições específicas e necessárias à maior produção de grão por planta e permitirá gerar corrente elétrica para manter a refrigeração das estruturas agrárias.

Ambos os projetos serão desenvolvidos pela comunidade educativa da Escola Secundária dos Carvalhos e estudantes e docentes do Departamento de Engenharia Eletrotécnica do ISEP. Envolve ainda a colaboração do Grupo de Energias Renováveis da Universidade da Beira Interior.

«Este tipo de iniciativa com escolas secundárias é importante para mostrar aos mais jovens as potencialidades da ciência, investigação e inovação tecnológica, mas também da aposta numa formação no ensino superior», indica Judite Ferreira.

Para a diretora da licenciatura em Engenharia Eletrotécnica – Sistemas Elétricos de Energia este caso explora a imensa transversalidade desta área de conhecimento e serve de exemplo e incentivo para outras escolas secundárias que queiram trabalhar com o ISEP.