Enquanto instituição de ensino superior público, o ISEP tem vindo a apostar numa prática promotora de empreendedorismo, na tentativa de partilhar boas práticas e fomentar uma cultura pró-activa de inovação.

Neste sentido divulgamos o lançamento da rubrica “Empreendedores ISEP” na página de Facebook do Instituto (www.facebook.com/engenhariaISEP).

Hélder Fernandes nasceu em 1984 e é o fundador da premiada ViGIE Solutions. O mestrando em Engenharia Electrotécnica e de Computadores decidiu criar uma inovadora empresa de soluções integradas de monitorização contínua de ambientes hospitalares, quando exercia funções de técnico de segurança e instalações hospitalares. «Percebi que havia uma necessidade, e consequentemente uma oportunidade de negócio, designadamente nas instalações críticas: blocos operatórios, unidades de cuidados intensivos, serviços de Farmácia e de imunohemoterapia, entre outros». Vencer a competição de ideias de negócio PREMIO – Promotion of Enterpreneurship and Inovation foi o primeiro passo de um caminho que tem sabido aproveitar a entrega de toda a equipa ViGIE. Assumindo o mote, que «a principal função de um engenheiro é tornar a vida dos outros mais simples», Hélder Fernandes vê o empreendedorismo como uma combinação de criatividade e inovação que cria valor acrescentado.

Licenciado em Engenharia Informática, curso que terminou em 2010, José Pedro Airosa é co-fundador da Bluekora – Agência Web & Comunicação, Lda, onde é responsável pelo Departamento Web e Administração de Sistemas. A ambição de montar o próprio negócio foi testada quando criou a CoreCreations e foi a aprendizagem adquirida que o levou à Bluekora. A empresa conta com uma equipa jovem e dedicada «tendo já neste momento necessidade de crescer mais». Considera que «o trabalho de um engenheiro é fundamentalmente desenvolver soluções fiáveis para uma determinada necessidade e que o empreendedorismo permite aplicar o fruto da Engenharia. As duas áreas complementam-se e elevam os produtos a um nível superior». José Pedro Airosa explica o seu percurso com a vontade de criar, o apoio da família e amigos e o espírito de sacrifício, enquanto justifica o sucesso da empresa pelo facto de que «a satisfação dos clientes é prioridade máxima da Bluekora». Já o empreendedorismo «é a capacidade de pegar algo, analisar, inovar, formular soluções e vender essas soluções».

A paixão pelo desporto automóvel levou Paulo Ramalho a fundar a Quimauto, onde ocupa o lugar de director-geral. O diplomado em Engenharia Mecânica não tem dúvidas em associar a Engenharia ao empreendedorismo, já que «empreendedor é aquele que se entrega de uma forma inovadora aos desafios da organização para gerar riqueza na transformação de conhecimento em novos produtos ou serviços». Sente que os portugueses são um povo empreendedor por natureza e que deve ser aproveitada esta capacidade para reforçar a competitividade em Portugal. «Com uma Europa aberta, o empreendedorismo e a inovação tecnológica são factores fulcrais para levarmos de vencida o período difícil que o País atravessa». Vê os ambientes altamente competitivos como os mais propícios para a aquisição e desenvolvimento destas competências e considera que as instituições de ensino superior devem saber transmitir «conhecimento de elevada qualidade ao nível técnico e científico, com o objectivo de formar as novas gerações de empreendedores». Da passagem pelo ISEP destaca a forte componente prática e a ligação a empresas como a Toyota.

É precisamente a abordagem prática que levou João Vieira Pinto a fundar a sua empresa – a Jocopi. O licenciado em Engenharia Informática estava a procura de emprego em 2009 quando decidiu montar o próprio negócio. «Sendo a informática a minha área de formação e a tradução uma das áreas de experiência profissional, a ideia de criar a empresa surge naturalmente». Já num cenário de crise nacional, «criar uma empresa onde possa fazer a minha carreira e onde quem estiver na minha equipa vai lutar comigo passou a fazer bastante sentido» e é por isso que alimenta diariamente o lema “um projecto, uma equipa, um futuro”. Para Vieira Pinto ser empreendedor é um processo contínuo. «Não se pode ter uma boa ideia, aplicá-la e depois ficar à espera dos louros», exige perseverança e capacidade de evolução. O engenheiro-gestor espera que o País saiba aproveitar melhor a mão-de-obra qualificada existente no mercado, mas lança a mensagem de que «todos nós somos empreendedores à espera da motivação para nos impulsionar». Recorda a passagem pelo ISEP com carinho e a mobilidade Erasmus, já «que estas experiências ajudaram-me a ser uma pessoa mais humilde, humana e sobretudo mais empreendedora».

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